Vida 

Conhece Antonio Cândido

1940 Muda-se para o apartamento do Lido e logo nasce Sergito (20 de abril).

Estreita sua grande amizade com Octavio Tarquinio de Sousa e Lúcia Miguel Pereira.

Principia a seção de crítica literária no Diário de Notícias. Ambiente pesado, com a ocupação de Paris (1940).

1941 Sempre Instituto Nacional do Livro e crítica literária.

Traduz "Memórias de um colono no Brasil" do suíço Thomas Davatz e "Circulos Culturais e Estratos Culturais na América do Sul".

A convite do State Departament, viaja aos EE UU, visitando New York, Washington, Chicago, pronuncia umas palestras na Universidade de Wyoming e encontra Paulo Duarte e Juanita.

carta de Couto de Barros - tradução Davatz

carta de Paulo Duarte

1942 Nasce Álvaro, dia 3 de janeiro.

Relações de casa, convivência sempre mais chegada com Chico Barbosa e Eunice.

Por essa época, trava também relações pessoais com Caio Prado. Temporada de Willian Berrien no Brasil.

Publica a tradução de "Etnologia Sul-Americana: Círculos Culturais e Estratos Culturais na América do Sul", de Wilhelm Schmidt.

carta de Rubens Borba de Moraes - chegada de Willian Berrien - pá.01 - pág.02 - pág.03 - pág.04

1943 Alegre viagem a Belo Horizonte, em grupo organizado por Vinícius de Moraes, que, lá, proferiria uma palestra na Cultura Inglesa. Tudo a convite de Juscelino Kubitschek, então prefeito da cidade. Paulo Emílio Sales Gomes fazia parte da turma.

Estada em São Paulo coincidindo com a de Octávio Tarquinio e Lúcia. Em almoço oferecido pelo editor José de Barros Martins, conhece Antonio Cândido.

1944 Nasce Chico, a 19 de junho.

Sérgio passa do Instituto do Livro para a Biblioteca Nacional, dirigindo a Divisão de Consultas, sob a direção geral de Rodolfo Garcia. Rubens Borba de Moraes transfere-se para o Rio e assume a divisão de Biblioteconomia. Ficou sendo mais um frequentador assíduo do apartamento do Lido.

nomeação de Sérgio Buarque de Holanda de Diretor da Divisão de Consultas

Publica "Cobra de Vidro", na Livraria Martins Editora.

Publica "História do Brasil" (didática) em colaboração com Octávio Tarquinio, na Editora José Olympio.

Prefaciou "Diários de Viagem" de Francisco José Lacerda e Almeida pelo Instituto Nacional do Livro.

1945 Publica "Monções" pela Casa Estudante do Brasil.

 
Toma parte no Congresso de Escritores em São Paulo, sendo signatário da conhecida "Declaração de Princípios" contra a ditadura. Em seguida ao Congresso, é eleito presidente da seção carioca da Associação Brasileira de Escritores, promotora do Congresso.

Faz parte dos fundadores da Esquerda Democrática, onde se ligaria especialmente com Castro Rebelo, Hermes Lima, Alceu Marinho do Rego, Octávio Tarquinio, Gastão Cruls, Manoel Bandeira, Guilherme Figueiredo. Nesse tempo conheceu Arnaldo Pedroso Horta que foi ao Rio, tratar de assunto relacionado com a esquerda democrática. 

Prefaciou "Poesias de Américo Elísio" (José Bonifácio), pelo Instituto Nacional do Livro.

Fim da Guerra.

De 1940 a 1946, quando voltou para São Paulo, residiu sempre no apartamento do Lido, à Rua Ronald de Carvalho, esquina da Av. Atlântica. Foi uma época rica na convivência com os amigos antigos e novos, com colegas profissionais.

Na França, já existia, então, uma Igreja preocupada com a questão social. Esteve, no Brasil, um dominicano dessa corrente, o P. Ducatillon. Frei Pedro Secondi sugeriu que Sérgio o pusesse em contato com gente informada, para um bate-papo. Convidados Hermes Lima e Astrogildo Pereira, prontamente compareceram.

A turma antiga se foi ampliando: Ribeiro Couto que, em temporada de Itamarati, circulava muito. O austríaco Otto Maria Carpeaux surgiu e foi logo incorporado. Havia os amigos mais sérios, mais circunspectos; como Octávio Tarquinio, Gastão Cruls, Astrogildo Pereira, Henrique de Moraes... Havia Augusto Frederico Schmidt, Ruth Leoni, Ovalle... Havia a casa de Aníbal Machado... Havia Eneida, Lúcio Rangel, Rubem Braga, Pedro Nava, Raquel de Queiroz, Moacir Werneck de Castro, Carlos Lacerda, a turma boêmia varando as noites no terraço do Alcazar. Foi o tempo dos boatos. Boatos na hora do almoço, no restaurante da ABI, boatos o dia inteiro nos cafés próximos à Biblioteca Nacional.

Em agosto de 45, caía o Getúlio.

1946 Depois de uma ausência de 25 anos, Sérgio volta para São Paulo, assumindo a direção do Museu Paulista, no Ipiranga, nomeado por José Carlos de Macedo Soares. Consegue a ampliação das atividades do Museu, criando as seções de História, de Etnologia, de Numismática e de Linguística. Neste cargo, permanece até fins de 1956.

Publica "Monções" no curso de Bandeirologia.

oficio de Honório de Sylos, convidando para proferir conferência

Publica prefácio ao 1º volume das obras completas de José Bonifácio no Ministério da Educação.

Reside em São Paulo à Rua Haddock Lobo, 1625, até fins de 1952.

Maria do Carmo nasce, no dia 5 de novembro.

nomeação de Sérgio Buarque de Holanda – historiógrafo do Museu Paulista

É eleito presidente da Associação Brasileira de Escritores, seção de São Paulo.

carteira de sócio

Crítica Literária no "Diário de Notícias" até 1950.

A esquerda Democrática converte-se em Partido Socialista. Sérgio é apresentado como candidato a vereador para completar o número exigido (de candidatos) para apresentação da chapa.

1948 Além da direção do Museu, leciona História Social e História Econômica do Brasil, na Escola de Sociologia e Política.

É eleito representante das "Instituições Complementares" da USP, junto ao Conselho Universitário.

representante no Conselho Universitário.

Publica "A Expansão Paulista do Século XVI e começo do Século XVII", pela Faculdade de Ciências Econômicas da USP.

Retoma a seção de Crítica Literária no "Diário de Notícias" do Rio.

Ana Maria nasce, no dia 12 de agosto.

1949 Publica "Indios e Mamelucos na Expansão Paulista" nos Anais do Museu. Crítica Literária no "Diário de Notícias".

Prefaciou a tradução do "Fausto" de Goethe, para o Instituto de Progresso Editorial.

Viaja à França e Itália, proferindo uma palestra na Sorbonne e participando de um comitê da UNESCO, em Paris. Viaja de novo a Paris, para participar de dois comitês da UNESCO.

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