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"Arquivos Acessíveis" é tema da VIII Semana Nacional de Arquivos

O AC/SIARQ integra a programação da VIII Semana Nacional de Arquivos (SNA), que acontece entre os dias 3 e 9 de junho de 2024, em todo o Brasil. O evento tem como referência o Dia Internacional dos Arquivos, 9 de junho. O amplo acesso aos arquivos contribui para a preservação da memória individual e coletiva, proporciona o conhecimento sobre a sociedade, fortalece a democracia e amplia a cidadania.  Com a missão de facultar o acesso aos documentos, os arquivos evidenciam seu papel fundamental no combate às discriminações, na promoção da equidade e do pleno exercício de direitos para todas as pessoas. 

Nesse contexto, para este ano, produzimos uma série de breves vídeos "AC/SIARQ como fonte de pesquisas sobre acessibilidade” com a divulgação de pesquisas que tiveram em seu escopo o tema da inclusão, diversidade e a promoção da equidade e da cidadania. Pesquisadores também relatam possibilidades dos arquivos para promover a inclusão da diversidade das pessoas e das culturas que formam a nossa sociedade. Acesse os dois primeiros vídeos da série, lançados na programação do evento.

O olhar dos docentes sobre os Direitos Humanos na Unicamp

Descrever e analisar projetos de pesquisa e de extensão comunitária ligados aos Direitos Humanos na Unicamp sob o ponto de vista de produção e disseminação de conhecimento. Este foi o objetivo da pesquisa de Thais Dibbern, que defendeu sua dissertação de mestrado em 2019, junto à Faculdade de Ciências Aplicadas. Orientada pela professora Milena Serafim, a pesquisadora também aplicou um questionário junto a docentes envolvidos nestas atividades. 

A pesquisadora observou que grande parte das iniciativas vieram da área de humanidades ou interdisciplinares, sendo que muitas das ações partiram de grupos de pesquisa. “Os direitos humanos aparecem de forma mais frequente em projetos de extensão comunitária, cursos de extensão e eventos. Tanto documentos como questionários apontam que as iniciativas podem ser ampliadas, inclusive em outras áreas do conhecimento”, explica.

Thais pesquisou o ensino na Unicamp dentro de um recorte temporal: 2006 a 2017, a partir da criação do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH).O AC/SIARQ foi uma das fontes de dados para a pesquisa de ações, convênios e projetos.

 

 

Planejamento urbanístico do campus e papel social dos espaços abertos da Unicamp

O resgate do espaço público das cidades e o uso cidadão dos ambientes urbanos constituem o debate central de “Por uma Arquitetura dos Espaços Abertos – a reabilitação do campus da Unicamp no século XXI”, livro lançado em 2016 pela Editora da Unicamp. Escrita pela arquiteta Flávia Brito Garboggini, a obra apresenta o histórico da ocupação do campus ao longo de cinco décadas de existência, discute problemas urbanos enfrentados pela Universidade e apresenta cenários prospectivos possíveis para a qualificação socioambiental do campus pelo redesenho de seus espaços abertos. 

Flávia observou que a valorização dos espaços abertos de uso coletivo foi incorporada de forma inédita como uma das prioridades da Universidade, a partir da última década, se tornando uma diretriz importante do Plano Diretor Integrado 2021-2031, que tem como meta promover a acessibilidade e qualificar os espaços de vivência universitária. “É fundamental que arquitetos e urbanistas projetem, de forma colaborativa, espaços mais sustentáveis e acessíveis a todos, procurando viabilizar sistemas alternativos de mobilidade urbana que integrem o pedestre e o ciclista, com utilização racional de energia e recursos naturais , tendo como meta a criação de espaços que proporcionem e maior integração das pessoas no espaço universitário”, conclui.

A disponibilização de fotos e documentos históricos foi feita pelo AC/SIARQ. “Por meio desse atendimento, tivemos acesso à documentação sobre como as construções dos prédios eram encaminhadas e como a estrutura física do campus foi sendo concretizada. Informações sobre a atuação de João Carlos Bross, arquiteto e responsável pelo primeiro projeto urbanístico da Unicamp, também foram primordiais para o trabalho”.

 

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AC/SIARQ participa de lançamento de livro sobre Sérgio Buarque de Holanda

AC/SIARQ participa de lançamento de livro sobre Sérgio Buarque de Holanda


31/03/2021

AC/SIARQ participa de lançamento de livro sobre Sérgio Buarque de Holanda

Nessa quarta aconteceu o lançamento virtual do livro “Visão do Paraíso de Sérgio Buarque de Holanda, seis décadas de um ensaio”, da Editora Fino Traço. Trata-se de uma coletânea organizada pelos professores André Furtado (IETU/Unifesspa) e Giselle Venancio (UFF). Ao pesquisar, em 2019, o acervo de Sérgio Buarque de Holanda (SBH), cuja salvaguarda é do AC/SIARQ, ambos se deram conta que aquele ano marcaria seis décadas da publicação da obra “Visão do Paraíso: os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Considerado referência na historiografia brasileira, o texto foi defendido como tese para a cátedra de História da Civilização Brasileira da USP, em 1958, e publicado no ano seguinte. A coletânea, lançada em 2021, é formada por seis capítulos e um encarte com imagens. Foi proposta a partir de um evento de mesmo nome, realizado em 2019 na Universidade Federal Fluminense (UFF). Autores de diversas instituições levantam reflexões, argumentos e perspectivas de estudos sobre “Visão do Paraíso”. As ilustrações que compõem a obra foram feitas a partir de fotografias, cartas e gravuras do Fundo documental do intelectual. 

O evento, realizado via Google Meet, contou com a participação de Rafaela Basso, diretora de Gestão e Preservação de Documentos e Informação do AC/SIARQ, que destacou a importância do Fundo SBH como fonte para pesquisa histórico e científica. “O acervo de SBH é o mais pesquisado em nosso Arquivo, o que mostra seu potencial em levantar questões pioneiras para a pesquisa em diversas áreas das humanidades, assim como a atualidade do seu pensamento”, comenta a pesquisadora.

O Fundo, que conta com o arquivo pessoal de SBH, apresenta rascunhos, esboços e anotações que compreendem a sua produção científica. É possível observar, por exemplo, relações de SBH com outros estudiosos de sua época, como Antônio Candido e Affonso de Taunay. Também ganha destaque a colaboração de sua esposa, Maria Amélia Buarque de Hollanda em sua produção intelectual. Há diversas possibilidades de pesquisa, incluindo história da colonização da América portuguesa, imaginário e encontros entre povos de diferentes culturas. “Por meio do arquivo também é possível levantar questões sobre a formação intelectual de SBH, como obras lidas, diálogos travados, círculos sociais que frequentava, movimentos e instituições dos quais fez parte”, salienta Rafaela. “Sugerimos que o Fundo SBH do AC/SIARQ siga sendo pesquisado e revisitado para que mais obras como essa possam ser editadas”, conclui.

lancamento


 

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