Há 100 anos nascia Carolina Bori. Já falamos aqui nas redes sobre essa psicóloga brasileira e cientista, cuja participação no fortalecimento da pesquisa e da política científica no Brasil foi marcante e inestimável para a ciência em diversas gerações. Contratada como professora pela USP em 1948, Carolina Bori realizou uma das primeiras pesquisas do Brasil sobre preconceito racial e social. Ao mesmo tempo atuou na consolidação da Psicologia como ciência na universidade e na sociedade, além de contribuir para a área da Educação.
Em seu centenário, Bori é homenageada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência com a difusão de um Memorial, já disponível para acesso público. A pesquisadora esteve à frente da instituição em momentos de grande questionamento sobre a produtividade e credibilidade das universidades brasileiras. Além de uma biografia ampliada, o site traz depoimentos audiovisuais de colegas da área acadêmica, exposição virtual de documentos em diversos suportes e bibliografia completa da cientista. Estão também previstos para 2024 alguns eventos. Um deles será em fevereiro, em que participantes referenciam a atuação institucional e acadêmica de Carolina Bori.
📸A fotografia de capa do site é do acervo do AC/SIARQ publicada no Jornal da Unicamp em 1988.
Acesse: https://memorialcarolinabori.sbpcnet.org.br/
Esta dica de leitura é especial não apenas para quem atua no meio arquivístico. A Revista Officina é um periódico de acesso aberto da Associação de Arquivistas de São Paulo (ARQ-SP). A mais recente edição é integralmente uma homenagem à Heloísa Liberalli Bellotto, grande referência na área de Arquivologia no Brasil. Falecida em março deste, Heloísa deixa um legado, que é revisitado em diversos artigos da publicação. Um deles é de Neire do Rossio Martins, assinado em parceria com Brenda Rocco. Neire atuou no AC/SIARQ entre 1983 e 2019, sendo que desde 1995 até se aposentar, foi coordenadora do órgão. Foi exatamente em 2019 que, acompanhada pelos colaboradores Telma Murari e Rodrigo Lizardi, Neire entrevistou Heloísa, na residência da arquivista. O trabalho foi desenvolvido no âmbito do projeto de extensão “Arquivologia: memórias de uma ciência”, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), coordenado pela professora Brenda. A entrevista, gravada em vídeo, seguiu um curso livre, mesmo de acordo com os contornos do roteiro. O artigo apresenta a última versão da transcrição, aprovada por Lívia Bellotto, filha de Heloísa, em 2023.