#MemóriasdoCampus


Nesta série de publicações, é possível conferir imagens de momentos, eventos, aulas, espaços de convívio, projetos de extensão e paisagens de todos os campi da Unicamp, desde sua fundação. Fotografias, vídeos, clippings de notícias e documentos de diversos fundos do acervo do AC/SIARQ revisitam parte da história e do cotidiano da instituição.


1978 - I Congresso de Leitura do Brasil

Abril é considerado o “Mês do Livro”, pois marca oficialmente o “Dia Nacional do Livro Infantil” no dia 18 e, no dia 23, o “Dia Mundial do Livro”, efemérides que buscam incentivar a leitura, homenagear autores e refletir sobre seus direitos legais. 

Nesta publicação nos referimos ao Congresso de Leitura do Brasil (COLE), organizado pela Unicamp e instituições parceiras desde 1978. Trata-se de um dos mais tradicionais encontros bienais na área. Tudo começou naquele ano, como descreve uma notícia do Diário do Povo, a partir da autorização da Prefeitura Municipal de Campinas para a realização de uma “Feira do Livro” na cidade, em conjunto com a Associação Campineira dos Bibliotecários. No título da matéria, o jornal evidenciava o pouco acesso aos livros pela maior parte da sociedade.

O COLE, que chegou à 23ª edição em 2023, é atualmente organizado pela Faculdade de Educação (FE) e Associação de Leitura do Brasil (ALB). Lançamentos de livros, apresentações de trabalhos, mesas de debates e ações socioculturais compõem a programação. Desde seus primórdios, reúne milhares de pesquisadores, educadores, estudantes, escritores e promotores de leitura de todo o Brasil, interessados em discutir políticas públicas de leitura e educação. 

Ao longo de 45 anos de existência, já contou com autores reconhecidos no Brasil e no exterior. O educador Paulo Freire ministrou a conferência de abertura em 1981, conforme notícia veiculada no Diário do Povo. Na palestra de Ferreira Gullar, por exemplo, cerca de cinco mil pessoas lotaram o Ginásio da Unicamp, em 2007. 

O acervo do COLE, com documentos que ajudam a tecer parte da história da leitura no Brasil, é custodiado pelo Centro de Memória da Educação (CME) da FE.


Décadas de 1960 a 2000 - Poesia nos jornais estudantis

21 de março é o Dia Mundial da Poesia. Foi instituído pela UNESCO em 1999, a fim de promover a diversidade das línguas e intensificar o intercâmbio cultural. No Fundo Diretório Central dos Estudantes (DCE) de nosso acervo permanente estão diversas edições de jornais e boletins estudantis, inclusive de centros acadêmicos, publicados entre as décadas de 1960 e 2000.
Nesses periódicos há muitas poesias de autoria de estudantes da Unicamp, algumas assinadas, outras não. Em um dos exemplares do jornal “Gerais”, de 2003, uma página toda foi dedicada ao poeta Ferreira Gullar (1930-2016). Reproduzimos, na última imagem do álbum, o poema “Subversiva”, um dos mais conhecidos do escritor.
 
 
 
 
 
 
 
 
 

post4 Calourada arte 4mar1987 - Jornal do DCE é temático sobre a Calourada

Em março de 1987, o “Jornal do DCE” se referia à Calourada daquele ano. A novidade era a recepção aos calouros advindos do novo processo de Vestibular e o impacto da seleção no perfil dos novos estudantes. Reflexões sobre as entidades de estudantes, docentes e funcionários técnico-administrativos também estavam na edição. Textos sobre a Constituinte e os 50 anos da União Nacional dos Estudantes também compuseram a publicação. A edição também trazia páginas centrais do informativo “À Mãe Ilustrada”, editado pela Comissão Cultural do DCE, com a finalidade de divulgar eventos, charges e artigos. 

 

 

 

 

 


post3 Calourada arte 29fev1984 - Programação Cultural da Calourada de 1984

A programação cultural dos eventos da Unicamp na década de 1980 efervescia, especialmente dentro do contexto da “Calourada”. No Jornal do DCE “Edição do Calouro”, em 1984, estudantes veteranos divulgavam as atrações culturais preparadas por eles próprios para toda a comunidade universitária. Debates sobre o contexto político do momento também estavam na pauta, a exemplo das Diretas Já.

 

 

 

 

 

 


post2 Calourada arte 26fev1978 - Calourada: "Pelas Liberdades Democráticas"

Em clima de “Calourada”, hoje destacamos mais uma publicação voltada aos novos estudantes da Unicamp, desta vez de 1978. De certa forma, o conteúdo refletia o contexto político brasileiro da época e a retomada da organização do movimento estudantil no estado de São Paulo. Veteranos elaboraram o “Jornal do Calouro”, composto por textos sobre a crise política e econômica do país e as ações do movimento estudantil nacional, estadual e local. Em um jornal construído em conjunto pelos centros acadêmicos, o editorial dava boas-vindas aos 1200 ingressantes. O Jornal também trazia informações sobre Campinas e sua estrutura para os novos alunos.

 

 

 

 

 


post1 Calourada arte 22fev1972 - As Calouríadas

Em alguns dias os campi da Unicamp já estão bem agitados novamente com a volta às aulas. O clima é também de Calourada, sempre com a ansiedade dos novos ingressantes e a programação preparada para recebê-los.

Neste post, que abre nossa série de memórias de recepção aos “bixos”, voltamos a 1972. O jornal local Correio Popular noticiava as “Calouríadas”, evento organizado pela Liga Universitária de Esportes Unicamp para integrar calouros e veteranos. Esportes como basquete, vôlei e futebol de salão integravam o público e os sessenta atletas participantes, representantes das áreas de Exatas, Humanas e Biomédicas. A cerimônia de abertura da competição, em abril daquele ano, contou com desfile, juramento do atleta e presença da administração da Universidade. A maioria dos jogos foi realizada no Ginásio de Esportes “Prof. Alberto Krum”, anexo ao Colégio Culto à Ciência, na região central de Campinas.

 

 


MC livraria texto1977 - Livraria Universitária

Imagine uma época em que o acesso a obras acadêmicas de referência era um desafio para as bibliotecas e unidades de ensino e pesquisa. As vendas por e-commerce não existiam e os livros internacionais eram importados sob demanda. No fim da década de 1970, a Unicamp estava em pleno crescimento e, pouco mais de dez anos após sua fundação oficial, já se projetava no Brasil e no exterior como uma instituição inovadora em diversas áreas do conhecimento. Foi nesse contexto a criação da Livraria Universitária, implantada em 1977 junto à Reitoria para facilitar o acesso às obras.

Sob supervisão do Centro de Estudos em Administração Universitária (CENTAU), tinha o objetivo de fazer a gestão e execução da compra de publicações requeridas pelas atividades regulares da Unicamp, mediante programação semestral. A comunidade encontraria essas obras na Biblioteca Central e nas setoriais. Requisições direcionadas aos órgãos administrativos e revenda ao público em geral também estavam no escopo. A Livraria, cujo fundo documental é salvaguardado no acervo permanente do AC/SIARQ, resultou de um convênio firmado em outubro de 1977 entre o Ministério da Educação e Cultura (MEC), por meio do Departamento de Assuntos Universitários (DAU), e a Unicamp. Sem arcar com estoques ou lucro, a Livraria também lidava com importações e acompanhava toda a logística das entregas e distribuição das obras de diversas editoras parceiras. Catálogos com lançamentos de obras, como esses que estão na imagem, eram periodicamente enviados à Unicamp.


Década de 1990 - Época de Natal

Em dezembro grande parte das unidades e setores da Unicamp celebram o encerramento das atividades do ano. O clima natalino, muitas vezes, está presente nesses momentos. Hoje voltamos à década de 1990 e publicamos algumas imagens de eventos realizados dentro do campus. Essas fotografias acompanharam notícias do jornal “Expressinho”, voltado à comunidade interna. Esses periódicos fazem parte do Fundo CAF (Centro de Assistência aos Funcionários da Unicamp).

 

 

 

 

 

 

 


1973 - 50 anos do Centro de Estudos de Reabilitação e Pesquisa “Prof. Dr. Gabriel O. S. Porto" (CEPRE)

O Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação “Prof. Dr. Gabriel O. S. Porto” (CEPRE), vinculado à Faculdade de Ciências Médicas (FCM), iniciou as atividades de atendimento às pessoas com deficiência visual e surdez há 50 anos.

Publicamos aqui uma imagem divulgada no jornal “Expressinho”, de setembro de 1998, editado pelo Centro de Assistência aos Funcionários da Unicamp (CAF), voltado à comunidade interna da Universidade. A seção “A Unicamp que a Unicamp não conhece” destacava as ações de inclusão e assistência desenvolvidas para pessoas cegas e surdas. Uma delas, registrada na foto, é o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para uma paciente. A equipe, multidisciplinar, acompanhou as tecnologias. A reportagem, de 25 anos atrás, cita, por exemplo, calculadoras e termômetros sonoros, agulhas de costura de fundo falso, impressora em Braille e um aparelho para ampliação de letras até 60 vezes mais. A segunda imagem traz o documento da criação do CEPRE. No texto, o reitor Zeferino Vaz manifesta admiração e apoio às atividades do espaço recém-criado e inaugurado em 19 de maio daquele ano.
 
O foco é o diagnóstico e habilitação, reabilitação, triagens, exames audiológicos, seleção e adaptação de prótese auditiva. Ao longo dos anos e com o deslocamento do centro para o campus de Barão Geraldo em 1997, as ações foram ampliadas para ensino e pesquisa, a partir de uma equipe multiprofissional.

1982 - Editora da Unicamp

Em 1983, a Editora da Unicamp ainda não tinha um ano de existência, mas as iniciativas já demonstravam a proposta de inovar no mercado editorial da época e promover a difusão do conhecimento científico, adaptado à realidade brasileira e construído junto à sociedade. Havia também o ensejo de difundir o conteúdo didático produzido pelos professores, tanto dentro como fora da sala de aula. Suas primeiras linhas editoriais e modelos de gestão sempre contaram com a presença de um Conselho Editorial constituído de membros internos e externos à Unicamp e com a expectativa de interação com diferentes instâncias da Universidade.

Dez anos depois de sua fundação, a Editora celebrou o reconhecimento de três obras no Prêmio Jabuti de 1993: “As formas do Silêncio”, de Eni Orlandi; Introdução à Engenharia Agrícola`, de Luís Cortez e Paulo Magalhães; e “História Natural da Serra do Japi”, de Patrícia Morellato. Nesta fase, diversas publicações eram vinculadas a séries e coleções como: “Coleção Repertórios'”, “Série Manuais”. “Série Pesquisas”, “Coleção Viagens da Voz”, “Série Línguas Indígenas”, “Coleção Momento” e a “Série Saúde da Mulher”. 

Em 1991, duas livrarias da Editora foram inauguradas no campus: a primeira, que existe até hoje, no piso térreo da Biblioteca Central Cesar Lattes e uma unidade no Ciclo Básico. No ano seguinte, de acordo com artigo do Jornal da Unicamp, ed. 70, as vendas também chegaram ao centro da cidade de Campinas, com livros levados e dispostos em um veículo utilitário. A Feira do Livro, 2003, também tem sido uma forma de disseminar as obras entre universitários e o público em geral.

Em 40 anos, a Editora da Unicamp já publicou mais de 1400 títulos. São temas da agenda científica contemporânea, obras clássicas e inovadoras no campo da ciência, da arte e da literatura, livros didáticos, coleções e séries temáticas, além das coletâneas anuais de redações do vestibular da Unicamp. Atualmente, também foca na edição de e-books e vendas online.


1985 - “Jornada do Negro pela Constituinte”

Em alusão ao Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, hoje destacamos nas redes alguns documentos de nosso acervo que remontam ao evento “Jornada do Negro pela Constituinte”, realizado entre 18 e 24 de novembro de 1985. Lembramos que estávamos na fase da convocação da Assembleia Nacional Constituinte, que culminou na promulgação da “Constituição Cidadã”, em 1988.

A estimativa é que cerca de mil pessoas estiveram presentes no encontro que uniu entidades para propostas de políticas e participação do negro das decisões de poder do Estado, na defesa de seus interesses e sua identidade.

A Unicamp atuou na organização com apoio do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), articulado com Movimento do Negro Unificado (MNU). Instituições como o Centro das Artes Negras Quilombo dos Palmares, I Projeto Zumbi-Interior, Federal Campineira de Teatro Amador, Delegacia Regional de Cultura e Secretaria Municipal de Cultura também fizeram parte da comissão organizadora.

Os debates, a partir da interação entre lideranças políticas, universitárias, operárias, religiosas e culturais, tiveram como objetivo “´encaminhar propostas concretas, permitindo resgatar a comunidade negra na próxima Constituição”. A abertura contou com presença do reitor da Unicamp, professores como Edgar Dedecca e Peter Fry, além do Prefeito de Campinas, Ministro da Educação e Reginaldo Bispo de Oliveira, representante do MNU. Nos dias sequentes, foram organizados debates sobre “O Menor Abandonado”, “Cultura Negra e Educação”, “O que é a Constituinte”, “Condições de vida, saúde, moradia e ocupação do espaço urbano”, “Direitos Violações e Prisões”, projeção de vídeos, “Luta Internacional contra o Racismo”, “Marginalização do Negro”, “Mulher Negra”. Atividades de rua e locais, com apresentações artísticas e culturais, foram seguidas de ato público em homenagem ao 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares.


1953 - Distrito de Barão Geraldo completa 70 anos em 2023

O ano de 1953 marca a publicação da Lei nº 2.456, que instituiu a região, formada por diversas fazendas, em uma região dotada com certa autonomia administrativa. Publicamos aqui alguns documentos de nosso acervo que remetem à instalação do campus da Unicamp em Barão Geraldo, em 1966. Embora tenha sido um marco na história do distrito, por conta da crescente urbanização, aumento de loteamentos e vias de acesso, a construção da Universidade já acontecia em um momento de ampliação de “Barão”. No início da década de 1960, a paisagem plenamente rural ganhava, aos poucos, aspecto industrial e urbano. Empresas, construção de estradas, postos de combustíveis e comércio abriam caminhos para o distrito pelo qual circulamos nos dias atuais.

Para saber mais sobre a história de Barão Geraldo, aqui vai uma dica de leitura. A área de Gestão e Difusão de Acervos do AC/SIARQ apoiou a pesquisa de Warney Smith Silva, realizada junto ao Centro de Memória – Unicamp, que resultou na publicação da obra “Barão Geraldo, a luta pela autonomia”, pela Editora Pontes, em 2020. O livro trata da formação de Barão Geraldo como vila rural por descendentes de imigrantes e migrantes a partir da Estação Barão Geraldo construída a partir dos anos 1920. 

 


1983 - Criação do Núcleo de Informática Aplicada à Educação

O ano era 1983, momento em que os computadores começavam a entrar nas escolas de ensino fundamental e médio do país. Foi nesse contexto a criação (Portaria GR 139/1983) do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied) da Unicamp, que sempre acompanhou todo o avanço e ações da informática no Brasil e foi além da modernização de plataformas e dispositivos.

Um dos primeiros projetos, documentado em outubro de 1983, foi o Educom, que propunha o uso do computador por alunos de ensino fundamental de matemática, língua portuguesa, física, química, biologia, a partir de um processo ativo de aprendizagem a partir de uma linguagem intitulada LOGO. Era só o começo dessa trajetória, que agregou diversos pesquisadores.

Ao longo de 40 anos, foram desenvolvidos diversos projetos inovadores para a área de educação, desenvolvimento e aplicação de tecnologias de informação e comunicação voltadas para contextos de ensino-aprendizagem presencial e à distância. Kits pedagógicos, acessibilidade, robótica pedagógica com custo acessível, educação a distância sempre estiveram no escopo do Nied, por meio de projetos como Teleduc, Ambiente Lego-Logo, Dafe, Tidia-Ae, Time e E-Cidadania e Mapa Tátil Sonoro (MTS), criado para auxiliar as pessoas cegas ou com baixa visão.

 


1983 - Criação do Centro de Difusão e Informação Cultural (CIDIC)

Em outubro de 2023 celebramos 40 anos de uma conquista que culminou no processo de criação do Arquivo Central e, depois, do Sistema de Arquivos. É que em 1983, por meio da Portaria GR nº 290/1983, de 04 de outubro, foi instalado o Centro de Informação e Difusão Cultural (CIDIC), órgão formalizado em 1984. O objetivo principal era a coordenação dos trabalhos da Biblioteca Central e de uma Divisão de Documentação, esta última projetada para tratar de documentos pessoais particulares que acompanhavam os acervos bibliográficos adquiridos pela Unicamp.
 
Na ocasião, foram designados os primeiros funcionários. O CIDIC já estava previsto nos Estatutos e no Regimento da Universidade. Sua instalação se deu no âmbito do desenvolvimento de um projeto de modernização de bibliotecas, proposto ao reitor pelo professor Ataliba Teixeira de Castilho, que assumiu sua coordenação. Em 1984, teve início o Serviço de Arquivo Permanente, em duas salas alocadas no prédio da própria Biblioteca Central. Os primeiros conjuntos documentais a serem custodiados eram pessoais, como de Sérgio Buarque de Holanda, Paulo Duarte e Zeferino Vaz.
 
 
 

2012 - Seminário sobre a Lei de Acesso à Informação

Hoje, dia 28 de setembro, celebramos o Dia Internacional do Acesso Universal à Informação. Trata-se de um direito da sociedade que segue os princípios de transparência na administração pública, considerando o acesso como regra geral e o sigilo como exceção. A Lei Federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, também chamada Lei de Acesso à Informação (LAI), entrou em vigor seis meses depois de sua promulgação. Em São Paulo, o Decreto nº 58.052, de 16 de maio de 2012, regulamentou a Lei Federal. Com a LAI, foram definidos procedimentos de acesso, gratuidade e prazos, além de outras providências.
 
Atenta à legislação e ao fluxo de trabalho na gestão documental da Universidade, a equipe do Arquivo Central/Siarq-Unicamp se reuniu internamente, uma semana depois do decreto estadual, para aprofundar os estudos sobre as normas, interpretá-las e analisar sua aplicação na Unicamp. Neste post voltamos onze anos no tempo, com algumas fotos do seminário, realizado em maio de 2012. Funcionários do órgão lembram que a proposta foi dividir o texto da Lei, de forma que cada trecho dela fosse apresentado por duplas, suscitando reflexões conjuntas. Durante dois dias, profissionais abordaram conceitos embutidos no Decreto, atendimento ao cidadão, gestão de documentos sigilosos, contratos e responsabilidades.
 
Em 2013, em atendimento à LAI, a Unicamp instalou o Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), vinculado à Coordenadoria Geral da Unicamp (CGU). Hoje, por meio da Deliberação CAD-A-004/2022, além do SIC, com foco na transparência passiva, o Portal “Transparência Unicamp” veicula ativamente dados e informações de interesse coletivo ou geral, sobre a Unicamp. A proposição de instruções normativas com procedimentos para a classificação da informação quanto à restrição de acesso cabe à Comissão Central de Avaliação de Documentos do Sistema de Arquivos (CCAD/SIARQ).

arte post memórias empresajunior1990 - Criação das primeiras empresas juniores da Unicamp
 
Alinhada às demandas do setor produtivo desde sua fundação, em 1966, a Unicamp acumula em sua trajetória feitos expressivos, como demonstram a eficiência de suas políticas de inovação e empreendedorismo. A tradição da Universidade na pesquisa científica e no desenvolvimento de tecnologias tem exemplos, como a inserção de pesquisadores no desenvolvimento das telecomunicações no Brasil, na década de 1970. O estímulo aos estudantes no contato com o mercado existe desde a graduação.
 
Neste post apresentamos a primeira empresa júnior da Unicamp, a GEPEA (Grupo de Estudos e Projetos em Engenharia de Alimentos), criada em 1990. Foi também, de acordo com a publicação “Semana da Unicamp”, edição nº 98, a segunda do país. Desde então, dezenas de empresas foram fundadas e estão em operação. Estudantes podem aplicar conhecimentos teóricos, desenvolver habilidades em empreendedorismo, facilitar seu ingresso no mercado de trabalho e contribuir diretamente com a sociedade, por meio da prestação de serviços. Os projetos são realizados para empresas, entidades e sociedade em geral, sob supervisão de professores.
 
 

arte niverCps231973 - Revista "O Cruzeiro" se refere à Campinas como "Capital da Ciência"

Há 50 anos era assim que a revista nacional O Cruzeiro referenciava a cidade, que dia 14 de julho faz aniversário. Avanços rápidos em pesquisa e grandes expectativas foram noticiados por conta da expansão da Unicamp, instituição oficialmente fundada em 1966 no distrito de Barão Geraldo.

Naquele momento, o reitor Zeferino Vaz atraía para o campus cientistas brasileiros mundialmente conhecidos, que atuavam em laboratórios de instituições estrangeiras. Na área da Física, nomes como Sérgio Porto, Rogério Cerqueira Leite e José Ellis Ripper, que realizavam pesquisas de ponta no campo do raio laser, ajudaram a projetar a jovem Universidade em aplicações e parcerias. No mesmo instituto, Cesar Lattes pesquisava raios cósmicos. A criação de cristais em laboratório, desafio da tecnologia industrial, era conduzida pelo casal Carlos e Zoraide Arguello. A reportagem ainda destacava o Laboratório de Acústica, a descoberta do antídoto para o veneno da cobra-coral, feita por Vital Brasil Filho, assim como estudos do “setor da Química, na Antropologia, nas Ciências Médicas, nas Matemáticas”. Plano Diretor, estrutura física e administrativa, também inovadores, fazia parte do destaque da Universidade no desenvolvimento da região.

Ao ser instalada em um descampado, onde antes estava um canavial, a Unicamp significou ampliação de malha viária, assistência médica, ensino, pesquisa, atividades de extensão, inovações, arte e comércio e serviços em seu entorno. Parte da história da cidade está no campus. 

Essa e outras edições de revistas nacionais que destacam iniciativas da Unicamp fazem parte da Coleção Zeferino Vaz, Acervo AC/SIARQ.


1982 - Primeira Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) na Unicamp

No dia 8 de julho é comemorado o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico. A data é uma referência à efeméride da fundação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) em 1948, no mesmo dia. A entidade civil, instituída no pós-2ª Guerra Mundial, reuniu cientistas com espírito crítico e engajados na luta pelo reconhecimento e institucionalização da ciência no país. Entre diversas ações, estão as reuniões anuais, que acontecem em várias instituições e estão entre os maiores eventos acadêmicos da América Latina. Até hoje foram 75 reuniões anuais, além de encontros regionais, publicações, premiações e campanhas pela educação, meio ambiente e política científica, sempre considerando a participação social. 

Campinas sediou reuniões anuais por 4 vezes: 1949 (a primeira edição da história da entidade!), 1963, 1982 e 2008. Neste post, falamos um pouco mais sobre a 34ª Reunião, realizada de forma inédita na Unicamp. Naquele ano, o tema central foi “Ciência pela Vida”. De acordo com a mídia local, cujas reportagens estão custodiadas pelo AC/SIARQ, foram mais de sete mil participantes durante nove dias de evento. De modo geral, cientistas marcaram posição contra o engajamento do Brasil na corrida armamentista da época e na transformação do país em grande exportador de armas. O encerramento aconteceu no dia 14 de julho, quando o professor Crodowaldo Pavan, emérito da Unicamp e então presidente da SBPC, salientou a grande participação de jovens na edição e as moções aprovadas em prol do meio ambiente e da defesa do ensino público e gratuito.


1983 - Início das atividades da Prefeitura Universitária

Atualmente vinculada à Diretoria Executiva de Administração (DEA), a Prefeitura Universitária celebra 40 anos de atividades. Criada em 1983, com o propósito de gerenciar sistemas de transporte, trânsito, alimentação e segurança da Universidade, o órgão foi se reestruturando ao longo das décadas e hoje busca ampliar seus serviços e promover ações que garantam o pleno funcionamento da Universidade e a qualidade de vida no campus. Publicamos um pequeno álbum com imagens de 1988 e 1989, que já registravam as frentes de atuação da equipe da Prefeitura.

 

 

 

 

 

 


1967 - 56 anos do Colégio Técnico de Limeira

Neste mês, o Colégio Técnico de Limeira (Cotil) celebra 56 anos. Quando foi instalado, em 24 de abril de 1967, recebeu o nome “Colégio Técnico e Industrial de Limeira”. Suas instalações provisórias foram no Ginásio Estadual Industrial Trajano Camargo.

Em 1973, o prédio do Cotil foi inaugurado e suas atividades são transferidas para as atuais instalações. Ofereceu, desde sua instalação, o curso técnico em Máquinas e Motores e, nos anos seguintes, o curso técnico em Edificações (1969) e em Estradas (1970). Outros cursos foram criados ou modificados ao longo dos anos.

Em 2005, o Cotil passou a oferecer os cursos técnicos concomitantes ao ensino médio ou subsequentes a quem já tinha concluído essa fase de escolaridade. O colégio, atualmente com cerca de 1500 estudantes, conta com laboratórios de ensino e temáticos, oficina, biblioteca, instalações esportivas, salas de aula com projetores multimídia, áreas de convivência, cantina e outros espaços compartilhados com a Faculdade de Tecnologia (FT) e a Secretaria de Administração Regional (SAR).

 

 


1995 - Atividade Física para funcionários

Publicação para inspirar a atividade física, seja na piscina, numa ciclovia ou em uma praça. Voltamos hoje a 1995, quando o boletim “Unicamp Notícias” registrava programas promovidos pela Faculdade de Educação Física (FEF), dirigidos aos funcionários da Unicamp. A primeira imagem mostra uma aula de reeducação postural, a fim de amenizar ou evitar consequências do sedentarismo, movimentos repetitivos e hábitos posturais inadequados. Assim, no lugar de analgésicos ou tratamento médico, secretárias faziam, no horário de almoço, exercícios regulares para relaxar a coluna e nervos. Já a segunda foto divulga a etapa final de um circuito que tinha início às 7h da manhã: alongamento, caminhada e hidroginástica. A proposta era reduzir dores nos braços, nas pernas e nas costas por conta da atividade ocupacional. Participantes passavam por avaliação física no Centro de Saúde da Comunidade (Cecom) antes de ingressar no programa. Prontos para começar mais um dia de trabalho no campus!
 
 
 
 
 
 

Décadas de 1970, 1980, 1990 - Mês do Bibliotecário

Março é o mês dos Bibliotecários. Por isso, abrimos a semana com referências a esse ofício, um dos prioritários em instituições de ensino e pesquisa, como a Unicamp. Foi na década de 1960, antes mesmo do lançamento da pedra fundamental do campus da Cidade Universitária de Barão Geraldo, que a Universidade contratou os primeiros bibliotecários e adquiriu obras e periódicos.
Com a fundação do campus, em 1966, acervos especializados foram sendo adquiridos pelas unidades de ensino e pesquisa, que cresciam a todo vapor. Estavam constituídas as bibliotecas setoriais, como a de Matemática e de Medicina, que vemos em duas fotos desta publicação.
 
Em 1982, por meio de comissão e portaria criadas pelo Gabinete do Reitor, começavam os estudos e propostas de aprimoramento dos serviços das bibliotecas da Universidade. A Biblioteca Central (não instalada ainda no prédio atual, cuja inauguração foi em 1989), em pleno funcionamento, integraria então o Sistema de Bibliotecas da Unicamp (SBU). O atendimento a milhares de usuários não seria possível sem a atuação, cada vez mais aprimorada, dos profissionais de biblioteca ao longo de mais de cinco décadas.
 
 
 

1983 - Calourada
 
A recepção aos calouros é sempre um momento muito esperado (e preparado!) na Universidade, seja pela própria instituição ou pelos estudantes veteranos. A programação varia de ano a ano, mas mantém algumas tradições.
 
Nesta publicação, vamos voltar 40 anos no tempo. Destacamos os quadrinhos de uma edição do jornal “Ponto de Vista”, editado por alunos do Centro Acadêmico “Bernardo Sayão” (CABS) desde o início da década de 1980. Em 1983, o tema central da Calourada era a chamada para as Diretas Já, movimento que defendia a realização de eleições presidenciais diretas. Entre as páginas, a maioria delas com conteúdo sobre assuntos gerais da conjuntura política e da Unicamp, a recepção aos calouros era tema de tirinhas do “Super Bixo”, com direito à nota da redação do jornal. Com humor nas palavras e nos traços, questões do cotidiano no campus eram compartilhadas com quem chegava à Universidade.
 
 
 

dia da conquista do voto feminino no brasil1932 - Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil

24 de fevereiro é o Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil. O ano de 1932 foi marcado pelo direito das mulheres de votar e eleger representantes, mesmo com restrições, como, por exemplo, a necessidade de autorização do marido para participar das eleições. A inserção feminina nos processos democráticos, instituída pelo Decreto 21.076, foi conquistada após muitos anos de luta, desde os sufrágios do século XIX, passando por movimentos feministas do início do século XX.
 
Nesse contexto de mobilização, está a cientista Bertha Lutz (1894-1976), uma das líderes no processo de aprovação da legislação que outorgou o direito às mulheres de votar e de serem votadas. Em 1922, Bertha representou as brasileiras na Assembleia-Geral da Liga das Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos, sendo eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana. Após dez anos do ingresso das brasileiras na Liga das Mulheres Eleitoras, em 1932, por decreto-lei do presidente Getúlio Vargas, foi estabelecido o direito de voto feminino.
 
Bertha Lutz é referência e tema de diversas pesquisas acadêmicas. Na Unicamp, a historiadora Mariana Sombrio fez mestrado e doutorado no Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT), do Instituto de Geociências (IG) da Unicamp. Ela pesquisou a trajetória de Bertha e também de outras cientistas, pioneiras em expedições científicas, em meados do século XX. Lutz foi uma das primeiras mulheres brasileiras a ingressar oficialmente em uma instituição científica, após aprovação em concurso público. Em 1919, ela iniciava sua jornada no Museu Nacional/UFRJ. Anos depois, como representante do Museu no Conselho de Fiscalização de Expedições, Bertha Lutz participou do processo de construção da nascente política científica nacional, como por exemplo, fiscalizando e licenciando expedições científicas no país. Leia a reportagem do Jornal da Unicamp sobre a tese de Mariana, divulgada em 2014.

1983 - Projeto Biblioteca

Desde os primeiros dias da Unicamp, quando sequer o campus ainda não existia, uma biblioteca central, prioritária para os estudantes, já existia sob direção formal e com recursos humanos qualificados. No entanto, foi em 1983 que a Universidade deu os primeiros passos para a institucionalização da área, o que resultou no Sistema de Bibliotecas da Unicamp (SBU), formalizado pelo Conselho Universitário em 1989.

Há quatro décadas, a Portaria GR-013/1983 estabeleceu a Comissão Executiva do Projeto Biblioteca, cuja incumbência foi, além de adquirir materiais bibliográficos e implementar melhorias dos serviços prestados, elaborar uma política biblioteconômica para a Universidade. Junto ao professor Ataliba de Castilho, presidente da Comissão, profissionais de bibliotecas e diretores de unidades de ensino e pesquisa também participaram das discussões. Em um ano, após a criação do Centro de Informação e Difusão Cultural (CIDIC) – composto pelos serviços da Biblioteca Central e de documentação e difusão cultural e científica – o futuro AC/SIARQ, o sistema foi aprovado.

O projeto previa, alinhado com as bibliotecas setoriais, a centralização de serviços de gestão, guarda e difusão de acervos e obras raras e especiais, definição de uma carreira para os bibliotecários, maior aquisição de obras, eficácia no atendimento ao público e a construção de um prédio definitivo e integrado a um centro cultural. As obras da sede da Biblioteca Central tiveram início em 1986. Três anos depois, o edifício foi inaugurado e aberto ao público.

Vinculado à Coordenaria Geral da Universidade, o SBU atualmente é composto pelo órgão colegiado, coordenadoria e 29 bibliotecas, sendo uma central, uma de área e as demais alocadas nas unidades de ensino e pesquisa, centros e núcleos.


MC arte MPopular1993 - Primeira Turma de Formandos em Música Popular

“Boa bagagem instrumental prática e teórica, além de conhecimento do mercado de trabalho”. Era assim que Eduardo Andrade, professor do Instituto de Artes (IA) da Unicamp e um dos criadores da primeira graduação em Música Popular do país, se referenciava ao perfil dos 15 formandos da primeira turma do curso, há exatos 30 anos.

Esta publicação destaca o pioneirismo da Unicamp na discussão e posterior instalação do curso de Música Popular, em 1989. Em meados da década de 1980, bandas nacionais como Titãs e Legião Urbana ocupavam os primeiros lugares nas rádios e no mercado fonográfico do país. A música popular havia se consolidado como um campo artístico e incorporado tecnologias à produção. Por outro lado, na academia, um grupo de docentes conversava com o maestro e chefe do Departamento de Música, Benito Juarez, sobre propor ao reitor da Unicamp uma nova linha de pesquisa e ensino, diferente das práticas de conservatórios. Participavam dessa equipe também professores, como Ricardo Goldemberg, Paulo Pugliesi, Rafael dos Santos, Valter Krausche, e o aluno Claudiney Carrasco, a fim de formarem musicistas capazes de atuar como instrumentistas, arranjadores, produtores de trilhas sonoras, clipes e discos ou como pesquisadores na área.

Na graduação, diversos estudantes chegaram a participar de projetos extra-Universidade, que lhes “abriram diversas portas”, como o “Big Band”, da Prefeitura de Campinas, e o “Arte e Universidade no Metrô”, de São Paulo. Os jovens profissionais tomaram diferentes rumos, alguns em pesquisa, outros em eventos culturais. Como acontece em vários cursos e turmas nas instituições, alguns estudantes retornam à Universidade em que se formaram, desta vez como professores. É o caso, por exemplo, de Hermilson Garcia, integrante da primeira turma de formandos em Música Popular na Unicamp, que, desde 2012, compõe o quadro de docentes da instituição.

 


1963 - Primeiro Vestibular de Medicina

Há 60 anos a Unicamp realizava seu primeiro vestibular. Os 1590 candidatos inscritos concorreram às 50 vagas para o curso de Medicina, o primeiro da Universidade, antes mesmo da fundação oficial da instituição, que aconteceu em 1966. Participaram do processo de seleção candidatos vindos de vários estados do Brasil. As provas, compostas por 240 questões, foram aplicadas em três colégios de Campinas: Ateneu Paulista, Culto à Ciência e Escola Carlos Gomes.

A aula inaugural do curso foi realizada em 20 de maio de 1963, proferida pelo reitor da Universidade de São Paulo (USP), Antônio Barros de Ulhôa Cintra. Junto com o ingresso dos estudantes, foi instalada a Seção de Alunos (SAL), que ao longo dos anos expandiu suas atividades e atualmente é a Diretoria Acadêmica (DAC). Além das aulas, esse setor de gestão das atividades acadêmicas funcionava nas dependências da Maternidade de Campinas. Publicamos duas notícias de jornal com a repercussão do vestibular e, no terceiro slide, a lista de alunos da primeira turma.

 

 


Décadas de 1980, 1990 e 2000 - Doação de Sangue

Nesta publicação, destacamos algumas imagens de nosso acervo documental (Fundo Ascom) em que a doação de sangue na Unicamp pode ser vista em vários momentos desde a criação do Hemocentro, em 1985. Salas de exame em 1988, um cartaz que circulou na década de 1990, a campanha de doação volante no início dos anos 2000 ou uma sala de coleta em janeiro de 2008 são alguns desses registros iconográficos.

 

 

 

 

 

 


Décadas de 1980, 1990 e 2000 - Em clima de Copa

Em clima de Copa do Mundo, publicamos hoje mais algumas fotos de nosso acervo permanente, provenientes de diversos fundos e momentos da Universidade. O esporte entre os servidores da instituição sempre foi apoiado pelos órgãos de assistência aos funcionários, a exemplo da atual Copa GGBS (Grupo Gestor de Benefícios Sociais). A agenda de 1997 teve mais um Campeonato de Mini-Campo (foto 1), sob realização do então CAF (Centro de Assistência aos Funcionários) e com participação de grupos de diversas unidades da Unicamp. Em 1984, a Faculdade de Educação Física (FEF), que estava em fase de instalação, já tinha algumas de suas dependências em uso. É o caso, por exemplo, do campo de futebol (foto 2). As quadras esportivas da faculdade também sempre foram usadas para esportes com bola (foto 3), não apenas por alunos de educação física, mas por toda a comunidade. Também destacamos o papel da Unicamp no incentivo à igualdade de gênero no futebol. Em 2009, o Jornal da Unicamp publicou, ao lado de um artigo da professora Heloísa Reis (FEF), imagens do III Campeonato Sul-Americano de Futsal (foto 4), promovido pela Confederação Brasileira de Futebol de Salão, com organização da Liga Campineira de Futebol de Salão. O Ginásio Multidisciplinar da Unicamp foi sede do evento.

 


aids11988 - Dia Mundial da Luta contra a Aids

Em 1 de dezembro, o mundo todo se volta ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, data instituída em 1988. É a abertura, portanto, do #DezembroVermelho, campanha voltada à prevenção, conscientização e atenção às pessoas infectadas.
 
Desde que os primeiros casos de Aids foram detectados no Brasil, a Unicamp é protagonista em diversas ações, que se iniciam na década de 1980. A disciplina de Moléstias Infecciosas do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (FCM/Unicamp) atendeu a um dos primeiros casos de paciente com Aids, em 1982. Programas educativos de capacitação e esclarecimentos à comunidade interna e externa por meio de diversos canais de comunicação, inúmeras pesquisas e testes na área, projeto SOS Aids com orientação de riscos e transmissão do vírus estão entre as iniciativas da Universidade.
 
Em 1988, as ações de pesquisa, ensino e extensão se intensificaram com a criação do Laboratório de Pesquisa em Aids para exames sorológicos de triagem do HIV e participação em redes de carga viral para HIV e de genotipagem. O acervo do Arquivo Central/Siarq-Unicamp custodia documentos de gêneros diversos sobre a atuação da Universidade nas primeiras duas décadas após o atendimento do primeiro caso de Aids. 
 

arte primeiro baobá1977 - O primeiro Baobá da Unicamp

O corre-corre diário pode atrapalhar um pouco nossa observação da paisagem da Unicamp. A riqueza da diversidade de árvores do campus destaca espécies não apenas pela beleza, mas também pela raridade e significados. Uma delas é o baobá, árvore de origem africana, que pode chegar a milhares de anos. Ao longo da história da Unicamp, algumas árvores dessa espécie foram plantadas e florescem a cada dia, podendo chegar a 30 metros de altura. Seus galhos mais parecem raízes que miram o céu. Troncos espessos podem servir como reservatórios de água.

O primeiro baobá da Universidade foi trazido das savanas do Senegal em 1977 pelo professor do Instituto de Biologia, Ivany Valio, conforme reportagem especial publicada no Jornal da Unicamp (ed. 16, janeiro de 1988). Ao concluir seu doutorado no exterior, conseguiu algumas sementes e embarcou de volta ao Brasil com uma muda da planta em sua bagagem. Inicialmente, a plantou em seu quintal. Sob o risco de não conseguir adaptá-la ao solo brasileiro, Valio recorreu ao botânico da Unicamp, Hermógenes Leitão Filho, então coordenador do Parque Ecológico do campus. Após planejamento e estudos, o baobá, ainda “bebê”, foi plantado próximo ao antigo prédio da Funcamp.

A espécie tem expressivo significado para os povos africanos, já que é considerada símbolo de fertilidade, fartura e cura. Na África, a madeira da árvore seria utilizada pelos seus habitantes para fabricação de canoas; o tronco abrigaria corpos de guerreiros e poetas por conta de sua capacidade de preservação; a folha teria propriedades de cura de doenças respiratórias e digestivas. 

Baobás podem ser encontrados em diversas regiões do Brasil. Em algumas cidades do Nordeste, acontecem anualmente um “louvor ao baobá” por parte de ativistas negros. No Ceará, um dos eventos ligados ao Dia da Consciência Negra é uma celebração com palestras, oficinas e abraço em torno da árvore.


1997 - SimTec: Simpósio de Profissionais da Unicamp

O SimTec, o Simpósio de Profissionais da Unicamp, evento que completa 25 anos em 2022, entra em sua oitava edição com diversas atividades no mês de outubro. Desde 1997, funcionários - inicialmente na área de pesquisa e, posteriormente também técnico-administrativos - contam com um espaço específico para difundir e compartilhar suas experiências, ações e projetos em diversas áreas de atuação na Universidade.

Nesta publicação está uma sequência de fotografias que ilustram as sete edições já realizadas. O simpósio faz parte do calendário institucional da Unicamp e acontece a cada dois anos. Tem como objetivo valorizar e atualizar o conhecimento técnico-científico, divulgar o potencial dos servidores e promover a otimização de trabalhos internos. Os milhares de participantes e centenas de trabalhos inscritos a cada edição caracterizam a dimensão científica do evento, pioneiro entre as universidades públicas brasileiras. As imagens fazem parte do acervo do AC/SIARQ, Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS) e Comitê de Cultura e Comunicação do SimTec 2019.

 


Década de 1990 – “Seu Colégio na Unicamp”

A apresentação da Universidade aos estudantes de ensino médio, em fase pré-vestibular sempre contemplou atrações científicas, culturais e esportivas no campus. Ao longo da história, o evento, geralmente anual, já teve vários nomes. Antes de se chamar “UPA – Unicamp de Portas Abertas”, na década de 1990, a recepção dos alunos foi denominada “Seu Colégio na Unicamp”.

Neste post, trazemos algumas imagens dessa época, registradas a partir do olhar dos fotógrafos da Assessoria de Comunicação da Universidade. Após a chegada dos ônibus logo pela manhã e o tradicional encontro no Ginásio Multidisciplinar (GMU) ou no estacionamento da Biblioteca Central Cesar Lattes (BCCL), os estudantes se dirigiam às unidades para conhecer os cursos de graduação de maior interesse. Em cada unidade de ensino e pesquisa, monitores e professores já haviam preparado uma programação específica aos visitantes.

 

 

 


1988 - Unicamp Abre suas Portas

A expectativa de público para a nona edição da UAP, “Unicamp Abre suas Portas”, era de 60 mil estudantes, mas a marca superou 80 mil pessoas circulando pelo campus entre os dias 26 e 27 de agosto de 1988. Cerca de três mil funcionários e alunos da instituição conduziram trezentas atividades nas unidades de ensino e pesquisa e áreas de vivência. O trinômio cultura, lazer e conhecimento era a base do evento, voltado não só para escolas, mas para famílias de toda a região. Filas nos departamentos mais procurados, feira de ensino no Ciclo Básico, aulas abertas e apresentações culturais compunham o cenário do fim de semana ensolarado de 1988.

 

 

 

 

 


1986 - Unicamp Abre suas Portas

Em agosto de 1986, a Unicamp atraiu cerca de 30 mil pessoas ao campus em mais um evento “Unicamp Abre suas Portas” (UAP). As fotos de hoje registram dois momentos: a fila de entrada no Laboratório de Anatomia, o mais procurado pelo público naquela edição; e uma apresentação cultural no Teatro de Arena, até hoje um dos principais espaços de vivência da instituição. Milhares de estudantes caminharam pelo campus, curiosos sobre cursos de graduação, pesquisas e arte.

 

 

 

 

 

 


Décadas de 1980 e 2000 - João Bosco na Unicamp

Foi mais de uma vez que o músico João Bosco se aproximou da Unicamp ao longo de sua carreira. Sua música, presente em diversas pesquisas da instituição, também teve espaço em momentos festivos no campus. 

Já com várias ideias para o ano que começava, estudantes iniciaram contatos com o empresário de João Bosco no Rio de Janeiro, com vistas a atrações para a “Calourada 85”. O violonista acabava de lançar o álbum “Gagabirô”, mesmo ano em que participou do Festival Yamaha (Japão) com “Prêt-à-porter de tafetá”, contemplada com o prêmio de Melhor Música. A apresentação foi no Centro de Convivência de Campinas. Dois anos depois, o músico voltou à Universidade, desta vez com um espetáculo no Ginásio de Esportes, inserido em uma ampla programação preparada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) para recepcionar os cerca de 1.300 ingressantes.

Em 2006, na ocasião do aniversário de 40 anos da Universidade, o cantor e sua banda se apresentaram com o show “Obrigado, gente!” no Ginásio Multidisciplinar da Unicamp. Em 2014, o ícone da MPB voltou à Campinas, na ocasião de encerramento da 15ª edição do Festival do Instituto de Artes (FEIA). A montagem “40 anos Depois”, celebrando suas quatro décadas de carreira e com homenagens a grandes nomes da MPB, embalou o público na Concha Acústica da Lagoa do Taquaral, em evento gratuito.

Com sua voz e violão, Bosco buscou referências nos músicos de bossa nova e de jazz, embora não tenha passado por escola formal de música. Ainda estudante de engenharia fez suas primeiras parcerias com ninguém mais, ninguém menos que Vinícius de Moraes. Pouco depois, se aproximou do compositor Aldir Blanc (1946-2020), com quem solidificou longa parceria.


1986 - Show "Vinicius Plural", com Toquinho e Ney Matogrosso

Em 1 de outubro de 1986, cerca de oito mil pessoas prestigiaram o show “Vinicius Plural”, com os músicos Toquinho e Ney Matogrosso, realizado no Ginásio Multidisciplinar da Unicamp. A apresentação homenageou o compositor e poeta Vinicius de Moraes. Em parceria com sua banda e Ney como convidado especial, Toquinho buscou transmitir na interpretação e na escolha do repertório a relação de amizade e de arte que construiu com o “Poetinha” ao longo de mais de uma década. O evento fez parte do projeto “Aquarelas do Brasil”, em que a Unicamp organizava institucionalmente eventos musicais de grande expressão no campus. Canções como “Tarde em Itapuã”, “Se todos fossem iguais a você” e “Na Tonga da Mironga do Cabuletê” compuseram o repertório, formado por 25 músicas.

Antes do show, sob direção de Fernando Faro, o público assistiu ao vídeo “Vinicius de Moraes, Um Rapaz de Família” (1983), dirigido por Susana de Moraes, filha do poeta. Ela também fechou o espetáculo, com a declamação de duas poesias. Após a apresentação, a imprensa destacava, além do sucesso do evento, como curiosidade o fato de que Ney Matogrosso subira ao palco, pela primeira vez, sem fantasias e maquiagem.


1985 - Show "Velô", de Caetano Veloso na Unicamp

Nesta publicação, lembramos do show “Velô”, organizado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e pelo Centro Acadêmico Bernardo Sayão (CABS), que lotou o "Ginásio de Esportes". Sucessos do álbum recém-lançado, como “Podres Poderes”, animaram o público. Após o evento, o músico partiu para uma turnê nos Estados Unidos. Cerca de nove mil pessoas estiveram presentes. As imagens do álbum fazem parte do acervo histórico do Arquivo Central/Siarq-Unicamp.
 
 
 
 
 
 
 
 
 

1996 - Inauguração do Parque Ecológico Hermógenes Leitão Filho

Uma área ecológica e urbanizada, próxima ao campus da Unicamp, que preservaria espécies nativas de fauna e flora. Assim era descrito pela mídia local, em 1997, o recém-inaugurado “Parque Ecológico Hermógenes Leitão Filho”, espaço de lazer e ciência, cujo nome homenageava o botânico e professor do Instituto de Biologia da Unicamp, falecido no ano anterior. 

Neste local, próximo ao lago situado atrás da Faculdade de Educação Física (FEF), muitas vezes era possível encontrar o pesquisador fazendo coletas de sementes de diferentes plantas, com a finalidade de usá-las em aulas e pesquisas. Essa área, considerada brejosa, já estava em processo de estudo para urbanização, cuja ideia era apoiada pelo botânico, contanto que a preservação ambiental estivesse garantida. A área de 140 mil metros quadrados foi aberta ao público em dezembro de 1996, em cerimônia conduzida pela Unicamp e Prefeitura Municipal de Campinas. A proposta foi aproximar a Unicamp da comunidade de Barão Geraldo, assim como manter as atividades de pesquisa das espécies. Portões, pista de caminhada, equipamentos de musculação, parquinho, quiosques, sanitários, prédio administrativo e iluminação foram algumas novidades do espaço de lazer.

 


1986 - Evento "Feliz Legião"

Esste post faz parte da série “O que era agito em...”. Vamos recordar, por meio de documentos em diferentes suportes, eventos culturais em diversos momentos da história da Unicamp. Boa parte deles era organizado pelo DCE, o Diretório Central dos Estudantes. Voltamos ao dia 15 de maio de 1986. Quem estava no campus nessa época deve se lembrar do espetáculo “Feliz Legião”, que trouxe cinco mil pessoas, um público que lotou o Ginásio e formou fila pela seguinte razão: assistir à peça “Feliz Ano Velho”, produção baseada na obra de Marcelo Rubens Paiva e ao show da banda Legião Urbana, que abriu sua apresentação com a sempre contemporânea “Que País é Esse?”. Em nosso acervo histórico (Fundo DCE), preservamos alguns ingressos e cartazes do evento.

 

 

 

 


12 de maio - Dia da Enfermagem

O Dia Internacional da Enfermagem é celebrado em todo o mundo a cada 12 de maio, aniversário do nascimento de Florence Nightingale, considerada a pioneira da enfermagem moderna. Neste ano, o tema central da efeméride foca no investimento e no respeito para garantir os sistemas de saúde do planeta.

O #memóriasdocampus traz algumas imagens do início do Departamento de Enfermagem da Unicamp, que funcionou nas dependências da Santa Casa de Misericórdia de Campinas entre 1977 e 1985. No ano seguinte, todas as atividades do curso migraram para o campus da Unicamp em Barão Geraldo, se tornando unidade autônoma (FEnf) em 2012, No entanto, as primeiras enfermeiras da Universidade, vinculadas à Santa Casa e, mais tarde, ao Hospital de Clínicas (HC) foram contratadas no final da década de 1968. Ao longo dessa trajetória, os profissionais de enfermagem e quadro de pesquisadores e docentes contribuíram para que o complexo hospitalar da Universidade fosse reconhecido como referência no país.

 

 


1959 - Atendimento Odontológico na FOP

Os milhares de procedimentos odontológicos realizados anualmente na população de Piracicaba e região tornaram a FOP uma referência, que vai além das salas de aula e laboratórios de pesquisa, também reconhecidas no Brasil e no exterior. Alunos de graduação e pós-graduação se dividem nas clínicas da unidade e, com supervisão de professores, aprendem na prática tratamentos como cirurgia, radiografias, endodontia, periodontia, próteses e clínica infantil. Todos os atendimentos seguem um planejamento integrado para cada caso. A instituição também desenvolve programas fora do campus, por meio de estágios e atendimentos de crianças e adultos. Essa conexão com a sociedade existe desde 1959, quando foi inaugurada a primeira clínica.

Recentemente a Clínica Odontológica Prof. Dr. Zeferino Vaz passou por reformas, a fim de atender aos protocolos sanitários referentes à pandemia de Covid-19. O atendimento aos pacientes foi retomado com uma novidade para 2022: de acordo com notícia publicada no site da FOP, a faculdade terá atividades regulares na clínica de graduação no período noturno durante todo o ano letivo. Algumas disciplinas clínicas também retomaram as atividades práticas.


MC EncontrodeLógica1977 – I Encontro Brasileiro de Lógica

O I Encontro Brasileiro de Lógica (EBL), aconteceu em Campinas, de 4 a 6 de julho de 1977, sob organização do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (Imecc) e do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE), este último também criado em 1977. Esse primeiro encontro contou com a participação de pessoas provenientes de dez universidades brasileiras. Os anais da conferência foram publicados em 1978, pela Marcel Dekker, sob o título “Mathematical Logic – Proceedings of the First Brazilian Logic Conference”.

A partir de uma iniciativa inédita, o objetivo do encontro foi incentivar o desenvolvimento da lógica matemática no Brasil e congregar estudiosos na área. O comitê foi formado por professores da Universidade, como Newton da Costa, Oswaldo Porchat, Ayda Arruda e Elias Alves. O CLE já vinha realizando semanalmente seminários com presença de pesquisadores nacionais e do exterior, portanto, a proposta do encontro de 1977 foi ampliar o compartilhamento de experiências para todo o Brasil. As conferências passaram a ter atas publicadas por editoras internacionais” e simpósios Latino-Americanos e Brasileiros começaram a fazer parte do calendário internacional. A repercussão do evento, que passou a ser anual, também culminou na criação da Sociedade Brasileira de Lógica (SBL).


MC MassaCrítica arte1989 – Massa Crítica

 Prazer, “Massa Crítica” ou também conhecido como cultura rodotransportadora. Este é o nome do sistema de transporte de ônibus fretado que liga o campus da Unicamp em Campinas à cidade de São Paulo. Diariamente e bem cedinho, o fretado parte da estação de metrô Sumaré, na capital paulista, e, após algumas paradas, chega à Universidade e distribui os passageiros para diferentes institutos e faculdades. A criação do Massa Crítica é de José Antonio Ramos, funcionário aposentado do governo estadual paulista. Sua esposa, funcionária da Unicamp, foi a grande incentivadora para o início do serviço, pois também precisava se deslocar de São Paulo para a Universidade de diferentes formas.

Desde sua implantação em abril de 1989, o veículo é conhecido por trajetos carregados de diálogos filosóficos, sociais e acadêmicos entre os usuários. Há os que falam, os que apenas escutam ou aqueles que se envolvem em leituras. Pioneiros e referências da Unicamp, que moravam em São Paulo, como o geneticista Bernardo Beiguelman, o sociólogo Octavio Ianni, o economista Walter Barelli e Marisa Lajolo fizeram do transporte um espaço para reflexões e compartilhamento de experiências entre diversas áreas do conhecimento. Há quem diga que nasceu daí o apelido “Massa Crítica”. Essa história é contada mais detalhadamente na edição 62 do Jornal da Unicamp, em 1991, época em que o serviço era prestado para cerca de 120 pessoas, a maioria docentes da Universidade. Mais de 30 anos depois dessa publicação, o serviço continua em operação, saindo do primeiro ponto de São Paulo às 5h20 e, no fim da tarde, partindo da Unicamp às 17h30.


Décadas de 1980, 1990, 2000 - Turmas de Formandos

Atendendo a pedidos, publicamos hoje mais algumas fotos de turmas de cursos de graduação, a maioria delas já em fase de formatura e comemoração de mais uma etapa cumprida. Optar pela sequência na carreira acadêmica e/ou a entrada no mercado de trabalho é a próxima fase na trajetória profissional de cada estudante, mas nos momentos registrados nas fotos são de descontração e convivência com os colegas de turma. Todas as imagens fazem parte do acervo histórico do AC/Siarq. Aguardem que em breve vamos postar mais fotos de outros cursos e anos letivos.

 

 

 

 

 


Década de 2000 - Calourada Unicamp

O conceito e a prática de ações ecológicas e cidadãs, fortalecendo a conexão entre a Universidade e sociedade, foram a grande tônica das calouradas da Unicamp a partir dos anos 2000. Isso não significou que festas, pinturas, brincadeiras e momentos de descontração pelo campus foram deixados de lado. Pelo contrário, a ideia de “campus vivo” e além de salas de aula e laboratório motivou os ingressantes a circularem e vivenciarem espaços emblemáticos, como o Ciclo Básico, “Bandeco”, cantinas, praças e espaços culturais, além de se envolverem com atividades extracurriculares. Algumas fotos de nosso acervo histórico estão no post de hoje e retratam esses momentos do início do novo milênio, geralmente memoráveis entre os participantes.

Programações específicas das unidades, empresas juniores e dos centros acadêmicos, além de atrações propostas pela própria administração da Universidade conduziram a recepção de milhares de estudantes vindos de todas as partes do Brasil. Entre as ações sociais, estão a arrecadação de alimentos para comunidades carentes, visita a entidades, plantio de árvores no campus, pintura de fachadas de escolas públicas.


Década de 1990 - Calourada Unicamp

Damos sequência à série especial de posts sobre as calouradas da Unicamp. E voltamos no tempo, desta vez para a década de 1990. Vamos de música, em shows muito esperados tanto pelos novos alunos como por toda a comunidade universitária. 

Em nosso acervo histórico, encontramos ingressos para shows de Rita Lee e Paralamas de Sucesso. Há também a divulgação da apresentação da cantora Marisa Monte e a “Revista da Calourada 99”, editada pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes). A banda “Skank” também estava na agenda do mês festivo. Espetáculos realizados pelos estudantes da Unicamp também compunham a programação. “Aqui não Pantaleão”, criado e dirigido pelo grupo “Fora do Sério”, do Departamento de Artes Cênicas, foi apresentado no Ciclo Básico, em uma Calourada conjunta entre a Unicamp e a PUC-Campinas. Centros acadêmicos e unidades de ensino e pesquisa também contavam com roteiros específicos para acolher os ingressantes. A gincana realizada entre os “bixos” propunha ações sociais como doação de sangue, alimentos e livros, sinalizando o trote cidadão como parte da programação das calouradas seguintes.

 


Década de 1980 - Calourada Unicamp

A recepção aos novos estudantes é sempre um momento muito esperado (e preparado!) na Universidade e sua programação varia de ano a ano, mesmo mantendo algumas tradições. Hoje publicamos algumas fotos de nosso acervo histórico que remetem a essa fase de celebração na década de 1980. Está no "post", por exemplo, a capa do Jornal do DCE “Edição do Calouro” de 1984. Estudantes veteranos prepararam uma extensa programação, incluindo debates sobre o tema do momento no país: Diretas Já. 

Em 1987, a acolhida, de acordo com a edição nº 8 do Jornal da Unicamp, contava com um roteiro cultural, marcado por shows – naquele ano vieram nomes como João Bosco, Gilberto Gil e Jorge Mautner, exposições de arte e apresentações teatrais. As camisetas e pinturas no rosto já evidenciavam o orgulho de entrar no curso escolhido e, ao mesmo tempo, a recepção dada pelos veteranos. 

No ano seguinte, a música também deu o tom da recepção dos 1.575 calouros. Shows com Os Paralamas do Sucesso, Moraes Moreira, Baden Powell, Mulheres Negras e Cama de Gato compuseram a programação, com eventos dentro e fora da Universidade. Debates, mostras de vídeos e festas também agitaram os primeiros dias letivos. A organização dos eventos estava por conta do Diretório Central dos Estudantes.


1983 - Evento Dia Internacional da Mulher

Eventos em comemoração ao Dia Internacional da Mulher sempre estiveram na agenda da Unicamp. Em nosso acervo histórico, encontramos duas notícias do jornal Diário do Povo de 1983, que destacam a programação da Universidade naquela semana de março. 

No Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), uma mesa-redonda formada exclusivamente por homens – funcionários e professores da Universidade – teve como tema o papel masculino na sociedade. O debate foi organizado pelas entidades “SOS Ação Mulher”, Coletivo Feminino” e Diretório Central dos Estudantes (DCE) e teve plateia cheia. Os participantes manifestaram apoio à reivindicação dos direitos fundamentais da mulher.

A programação também incluiu análises sobre a imagem e legado dos movimentos feministas. No Clube de Esquina, espaço para eventos em Campinas, um baile noturno chamado “Bye bye Machão” encerrou as atividades. O valor do ingresso foi revertido para apoiar mulheres atendidas pelo SOS Ação Mulher. 

 


Década de 1970 - Fretados da Unicamp

Desde a década de 1970, os funcionários da Unicamp contam com o serviço de transporte fretado para se deslocarem entre o campus e suas residências. Diariamente, dezenas de veículos percorrem bairros de Campinas e cidades da região e, no fim do expediente, aguardam os passageiros nos pontos de encontro. A administração do serviço é de responsabilidade de Prefeitura Universitária. 

Hoje trazemos duas imagens de veículos fretados de diferentes épocas da Universidade. A primeira é de 1988, publicada no periódico Unicamp Notícias. A segunda é de 2003 e registra o fim de mais uma jornada diária dos funcionários da Universidade.

 

 

 

 


Década de 1990 - Campus Aberto

As lentes do fotógrafo Antoninho Perri captaram em um fim de semana de março de 1995 a movimentação de ciclistas passando exatamente pelo Ciclo Básico no embalo da atividade física. O campus da Unicamp, em Barão Geraldo, aberto a toda a comunidade, sempre recebeu adeptos de diversas práticas esportivas, especialmente nos fins de semana. Famílias e grupos ficam com opções, devido ao amplo espaço: caminhadas, passeio de bike, jogos e, mais recentemente, os aparelhos de ginástica ao ar livre. 

Os cursos de extensão oferecidos pela Faculdade de Educação Física (FEF), desde sua fundação em 1985, também sempre tiveram grande procura pelo público. As vagas para diversas modalidades, como basquete, reeducação postural e natação, sempre foram concorridas e preenchidas rapidamente. Boa parte das atividades sempre estiveram ligadas a projetos de pesquisa de professores e estudantes.  Ambas as imagens da publicação fazem parte de nosso acervo histórico e foram publicadas no periódico Unicamp Notícias.

 

 


Década de 1980 - Feirinhas na Unicamp

A tradicional “feirinha” da Unicamp começou as atividades no início da década de 80, seguindo o horário de expediente de grande parte dos funcionários: das 8h30 às 17h30, geralmente às terças-feiras. Mais do que opção de consumo dentro do campus, os espaços se tornaram pontos de encontro da comunidade universitária. Com o tempo, os comerciantes também expandiram sua clientela à população dos arredores do campus, já que a feira é aberta ao público em geral. Outros espaços da Unicamp também passaram a sediar a montagem das barracas, como por exemplo, a Praça do Ciclo Básico - movimentada nos horários de almoço, a “feira da área da Saúde”, em frente ao Cecom (Centro de Saúde da Comunidade) e até mesmo nas proximidades da Praça Henfil, uma das rotatórias da Unicamp.

Frutas, legumes, doces, refeições e artesanato sempre estiveram entre os produtos oferecidos pelos comerciantes. De acordo com a edição nº 2 do jornal “Unicamp Notícias”, a instalação da “feirinha”, especialmente a que acontece próxima à DGA (Diretoria Geral de Administração) e Reitoria, em frente à Praça da Paz, foi uma iniciativa da “Associação dos Servidores”. O local, ainda arborizado, contribui com a conservação dos alimentos e conforto para quem frequenta os espaços nas horas de almoço ou intervalos durante a jornada diária.

Atualmente, de acordo com dados da Prefeitura Universitária, existem quatro feiras na Universidade. Para 2022, através do Projeto Rede de Espaços de Alimentação e Convívio da Unicamp, ações estão sendo implementadas para aperfeiçoar as áreas de feiras, cantinas, restaurantes e lanchonetes, com propostas para novos expositores e comerciantes.


Décadas de 1980 e 1990 - Formandos em celebração

Início de ano é época de colações de grau, marcando o encerramento da graduação e o início de novos ciclos, sejam acadêmicos e/ou no mercado de trabalho. Embora caracterizadas por momentos solenes, as formaturas também podem despertar lembranças de descontração entre colegas de turma após anos de convivência e estudos. 

Nesta publicação do #memóriasdocampus de hoje estão algumas fotos de comemorações de formandos nas décadas de 1980 e 1990 em diversos cursos oferecidos pela Universidade. Todas as imagens fazem parte do acervo histórico do AC/SIARQ.

 

 

 

 

 


1968 - O início das aulas no IFCH

O ano era 1968: levantes contra a Guerra do Vietnã, barricadas na França, Primavera de Praga, Passeata dos 100 mil no Brasil, seguida do decreto militar AI-5 no país. Um período de revoluções, protestos estudantis e movimentos de contestação, reverberados na cultura, no comportamento e na política. A fundação do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp, assim como o núcleo inicial da instituição, está inserida nesse contexto. Oficialmente, o IFCH foi criado por meio dos Estatutos baixados pelo Decreto Estadual no 52.255/69, mas foi no ano anterior que alunos e professores começaram as atividades acadêmicas.

As aulas de planejamento econômico foram as primeiras oferecidas pela unidade, a partir da criação do Departamento de Planejamento Econômico e Social (Depes), embrião do IFCH. Começou a operar em um antigo prédio na região central de Campinas-SP e só migrou suas atividades para o campus da Unicamp em 1973. Reconhecido em 1972 pelo Conselho Estadual de Educação, contava com os cursos de Economia e Planejamento, Ciências Sociais e Linguística.

Em 1976, o Departamento de Linguística se desmembra do IFCH, em decorrência da criação do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Na década seguinte, professores também ampliam suas ações, culminando na criação do Instituto de Economia (IE). Em 1978, diversos pavilhões são inaugurados na Universidade, entre eles os do IFCH, com ampliação de sua estrutura física.

Mais de cinco décadas depois, o instituto é referência internacional em ensino e pesquisa, reconhecida também devido aos cientistas que estão ou fizeram parte do instituto, obras e importância de seus acervos. Nesta publicação, divulgamos algumas imagens de aulas nos primeiros anos de funcionamento da unidade.


1972 - Ciclo Básico: em 2022, o ano 50

Em 2022, a Unicamp celebra o cinquentenário de um dos prédios de maior referência na Universidade, considerando atividades acadêmicas, culturais e vivência estudantil de diversas gerações e cursos: o Ciclo Básico (CB). Nesta publicação estão três fotos de nosso acervo histórico, que remetem ao início das atividades no CB, logo após sua inauguração oficial, em julho de 1972.

Em cinco décadas, o local não se constituiu como um mero conjunto de salas de aula. Além de sediar diversos órgãos acadêmicos, o CB se tornou ponto de encontro para eventos culturais, exames nacionais e assembleias da comunidade universitária. O edifício, situado no coração do campus, reflete as ideias de Zeferino Vaz sobre a concepção da Unicamp e sua essência inovadora no ensino superior do país. O CB significaria, em seu projeto e execução, um núcleo básico disciplinar para todos os cursos de graduação, formado por duas alas circulares e interligadas por passarela e prédio curvo, onde funcionariam atividades administrativas. Ao longo dos anos, buscando manter seu projeto original, passou por modernizações, reformas e algumas ampliações.


1997 – Unicamp integra Programa Alfabetização Solidária

O Programa Alfabetização Solidária foi lançado em 1996 pelo governo federal para alfabetizar jovens e adultos nas cidades com maior índice de analfabetismo, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A partir do alcance do projeto nas cidades da região nordeste, a proposta foi, ao longo dos anos, ampliar a implementação do programa para escolas de outras regiões. As universidades parceiras coordenavam as atividades de alfabetização desenvolvidas, trabalhando na avaliação, capacitação e acompanhamento dos alfabetizadores, com base na realidade social dos alunos na faixa etária de 12 a 18 anos. Naquele ano, mais de mil municípios já estavam integrados ao programa, cujo modelo de assistência social se baseava em parcerias com entidades da sociedade civil. 

A notícia sobre o começo do envolvimento da Universidade com o programa foi publicada em março de 1997 no Jornal da Unicamp. Na imagem desta publicação, está um grupo de professores da cidade de Inhapi (AL), ao lado da professora Sylvia Terzi, que ministrou oficina, além de coordenar o estágio do grupo e o programa em Campinas, por meio do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Recursos de informática, textos de revistas e literatura de cordel foram algumas ferramentas trabalhadas ao longo de quase um mês de preparação para o retorno às salas de aula do nordeste brasileiro.

Por meio da então Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Preac), mais professores de ensino fundamental e médio de outras cidades do país também participaram das oficinas no campus, visando o preparo para formação de cidadãos alfabetizados. Até o início da década de 2000, a Unicamp também somou experiências em Tocantins, Cabo Verde e em centros urbanos, como Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.


1989 – Museu de História Natural (atual MDBio, Área Ecologia)

Em dezembro de 1989, a edição 38 do Jornal da Unicamp noticiava a inauguração do “Museu de História Natural” (MHN), no Instituto de Biologia (IB). Além de catalogar espécies com dados completos sobre sua origem, habitat natural e processo de interação, o espaço estaria voltado à divulgação de informações científicas sobre a fauna de Campinas e de todo o estado de SP. No escopo, também estavam cursos de extensão para professores de ciências e técnicos da área. Idealizado quatro anos antes por professores e pesquisadores do IB, a infraestrutura era composta por laboratórios, sala de exposições e acervo de vertebrados e invertebrados, em um espaço físico de cerca de 600 metros quadrados. Oficialmente, o Museu foi constituído por deliberação em 1992, aberto às atividades de ensino, pesquisa e prestação de serviços nas áreas de ciências naturais, integração de recursos multidisciplinares para realizar pesquisas e formar recursos humanos. O acervo do MHN foi constituído a partir de espécies que os pesquisadores coletavam para desenvolver trabalhos de cunho ecológico e taxonômico, e que ficavam guardados em seus laboratórios. 

Em 1997, o espaço teve o nome alterado para “Museu de História Natural Prof. Adão José Cardoso”, em memória do professor falecido naquele ano, referência em zoologia de vertebrados. Em 2006, foi rebatizado como “Museu de Zoologia Prof. Adão José Cardoso”. Atualmente, o nome é Museu de Diversidade Biológica (MDBio Área Zoologia), com a proposta de ser um museu dinâmico e com planos de ampliação. As coleções científicas, com milhares de exemplares de seres vivos, se somam aos produtos de atividade animal, como ninhos, pegadas, sons e imagens. A equipe apoia disciplinas de graduação e pós-graduação com workshops, aulas práticas e produção de materiais, além de palestras e visitas de escolas.


1982 – Coral Cênico “Algodão N’Oreia”

Entre os anos 1983 e 1989, “Algodão N’Oreia” foi um coro cênico de destaque entre os grupos brasileiros, passando por repertórios eruditos e populares. Formada na Unicamp por pessoas ligadas à instituição, a equipe misturava música e encenação e tinha como “carro-chefe” a liberdade de criação. De acordo com a reportagem do Jornal da Unicamp, ed. 14, de novembro de 1987, 13 integrantes do Coral Unicamp tiveram a ideia de criar um coral cênico cinco anos antes, quando encenaram “Vida Urbana”. Ainda em 1982, com o espetáculo “O Algodão”, contaram com a participação do público no prédio do Ciclo Básico da Universidade. Com o musical “Deu bicudo no Algodão”, o coral ganhou espaço para além do campus e na imprensa da região. A partir de apoios, inclusive externos à Unicamp, o grupo foi tomando força e realizou, a partir de 1984, apresentações na capital paulista e em outras cidades de SP e Rio de Janeiro, além de gravar musical para a televisão. 

“Algodão N’Oreia” se diferenciava dos demais conjuntos cênicos por não ter regente, diretor teatral ou autor. Os próprios componentes propunham arranjos, composições e tomavam as decisões sobre espetáculos e temporadas. Improvisos em palco e cenários, por exemplo, também eram traços da versatilidade do coral. Com a plateia, formada por crianças e adultos, havia expressiva e diversa interação a partir de canções renascentistas, populares e contemporâneas.


1982 – Orquestra Sinfônica da Unicamp

Talentos entre violinos, violoncelos, violas, cravos, contrabaixos, unidos no Departamento de Música da Unicamp. Assim nascia a Orquestra Sinfônica da Unicamp (OSU), no início da década de 1980, composta basicamente por alunos da Universidade. O grupo atendia por “Unicâmera” ou “Orquestra de Câmera da Unicamp”. Desde seus primórdios, os músicos já atuavam em parcerias com a Orquestra Sinfônica de Campinas, corais e escolas de dança, realizando diversas apresentações em espaços culturais da cidade e em eventos com grande público, como abertura de shows, festivais nacionais e concertos de fim de ano. Ações dentro do campus também aconteciam, como a participação nas formaturas coletivas no Ginásio e a “Mostra de Artes da Universidade” no início da década de 1990. Na série “Concertos ao Meio-dia”, o público se reunia no Departamento de Música em horário de almoço para ouvir Vivaldi, Mahle, Nielsen, Bach, Schubert. À noite, o público podia acompanhar a programação da periódica “Mostra de Composição dos Alunos da Unicamp”. Apresentações natalinas também aconteciam no Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, com repertórios clássicos e populares. Também executaram trilhas sonoras de filmes, como “O Tronco” (1999), de João Batista de Andrade, e de musicais, como “O Beijo da Mulher Aranha” (2000). 

Ao longo de sua trajetória de quase 40 anos, a OSU atuou com maestros convidados, solistas e diversificou atividades, a partir da formação de núcleos envolvendo comunidade e Universidade, a exemplo do Grupo de Música Brasileira, Orquestra Infanto-Juvenil, Quinteto de Metais e Quinteto de Cordas. Diversos músicos da equipe também passaram a ministrar aulas no curso de Música da Unicamp, em disciplinas de formação em instrumentos, regência, composição e orquestra. A pesquisa no âmbito de criação e performance musical também é uma das marcas do grupo, assim como a diversificação de repertórios e o apoio a projetos de pós-graduação.

Atualmente vinculada ao Centro de Integração, Documentação e Difusão Cultural da Unicamp (CIDDIC), a OSU realiza concertos, óperas, gravações, espetáculos multimídia, programas de educação e formação de público. Eventos de atualização de conteúdos e apresentações em espaços públicos de Campinas também estão entre as atividades. No currículo ainda estão álbuns lançados a partir de 2010, como “Novos Universos Sonoros”, “Panorama da Música Brasileira” e “Teuto-brasileiro”, além de montagens em parceria com Ópera Estúdio Unicamp, Coral Contemporâneo de Campinas e Coral Unicamp Zíper na Boca, como “Don Giovanni”, “A Flauta Mágica”, “La traviata”, “Descobertas”, “Gianni Schicchi”, entre outras.


1972 - Atividades extracurriculares em Limeira

A cidade de Limeira faz parte da história da Unicamp desde o período de sua instalação. Em 1966 a Comissão Organizadora da instituição, presidida pelo professor Zeferino Vaz, e autoridades da cidade aprovaram a incorporação da Faculdade de Engenharia Industrial de Limeira, criada por lei estadual em 1962, ao projeto de instalação da então Universidade de Campinas, sob a condição de que fosse finalmente instalada. A proposta foi aprovada pelo Conselho Estadual de Educação e, em 1967, Limeira viu nascer sua Faculdade de Engenharia (FEL), com o curso superior de Engenharia Civil, e o Colégio Técnico Industrial (COTIL). Alunos da Unicamp em Limeira mantiveram tradição de atividades extracurriculares em seus campi ao longo da história. Nesta publicação, apresentamos imagens do acervo histórico do AC/SIARQ que datam de 1972, período em que o campus próprio da FEL e do COTIL já contava com suas primeiras instalações. Alunos promoviam as primeiras atividades esportivas e culturais, como a Olimpíada Enge Isca e o festival musical Engesom, que mobilizavam centenas de estudantes em momentos extracurriculares.

 

 


1986 - Primeira turma de Artes Cênicas da Unicamp

O primeiro processo seletivo para o curso de Bacharelado em Artes Cênicas aconteceu em 1985, com habilitação em “interpretação teatral”. As provas tinham conteúdos como Ciências, Comunicação e Expressão, Estudos Sociais, Língua Estrangeira e aptidão em Artes Cênicas. A seleção contou com cerca de duzentos candidatos, que concorreram a 25 vagas. O curso, com duração de quatro anos, era coordenado pelo professor Celso Nunes, que atuou na fundação do Departamento de Artes Cênicas do Instituto de Artes (IA) da Unicamp.

A partir de março de 1986, os aprovados e matriculados teriam aulas em disciplinas como História do Teatro (evolução da arte teatral no Brasil desde a vinda dos colonizadores portugueses, processos cênicos, línguas e personagens), Estética e História das Artes (origens do teatro ocidental, tragédia e comédia grega, aspectos populares do teatro medieval), Psicologia (técnicas do psicodrama), Expressão e Comunicação (debates a partir de espetáculos em cartaz), Dança (corpo em movimento, ritmo, equilíbrio), Improvisação (pesquisa, técnica e desbloqueio do corpo) e Expressão Vocal (treino de voz, respiração, comunicação verbal e não-verbal, adequação da voz aos espaços cênicos).

Nesta publicação, apresentamos uma fotografia com parte da primeira turma do curso, lista de estudantes matriculados, grade das primeiras disciplinas e uma notícia da imprensa local sobre a estreia do grupo de estudantes nos palcos do auditório do IA. 


1966 – Lançamento da pedra fundamental da Unicamp

A fundação oficial da Unicamp foi em 5 de outubro de 1966, dia do lançamento de sua pedra fundamental.  Nasceu a partir de um projeto moderno, organizado à volta de institutos básicos e faculdades. Legalmente criada como entidade autárquica em 1962, a Unicamp só teve implantação efetiva a partir da publicação do Decreto nº 4.520, que instituiu uma Comissão Organizadora, em 1965, para estudar e planejar gradativamente a formação das unidades. Somente a Faculdade de Medicina estava em funcionamento nesta época. A Comissão era composta pelos professores Zeferino Vaz (presidente), Paulo Gomes Romeo e Antonio Augusto de Almeida. Como fruto dos trabalhos da Comissão, a pedra fundamental da Universidade foi lançada numa gleba de 30 alqueires, a 12 quilômetros do centro de Campinas, doada por João Adhemar de Almeida Prado. Com a aprovação do relatório final da Comissão e a nomeação de Zeferino Vaz como reitor, a Universidade entrou na sua fase real de instalação. Cinco décadas e meia depois, a Unicamp conta, de acordo com dados do Anuário Estatístico 2021, com 24 unidades de ensino e pesquisa, 21 centros e núcleos interdisciplinares, 65 cursos de graduação, 159 de pós-graduação, somando quase 38 mil estudantes matriculados. São cerca de 1750 docentes e 7 mil funcionários técnico-administrativos, divididos em atividades de ensino, pesquisa, extensão e inovação nos seis campi da Universidade, dois colégios técnicos e em seu complexo hospitalar. 


1975 – A Sinfonia Unicamp

A Sinfonia Unicamp foi composta pelo professor Almeida Prado entre os anos de 1975 e 1976. A obra, dedicada ao fundador e então reitor Zeferino Vaz, buscou “traduzir o sentido de universalidade, integração, invenção e experiência da instituição”, nas palavras do compositor.

Zeferino Vaz, ao receber a composição, registrou seu agradecimento em carta: “Almeida Prado buscou traduzir o pensamento diretor que produziu o planejamento, a implantação e as atividades da nova Universidade, concebida como um só organismo, em que participam com igual dignidade as Ciências, as Artes e as Humanidades, perseguindo em conjunto e harmoniosamente, como uma grande orquestra, alcançando o ideal de promover o bem-estar espiritual, físico e social do homem”. A Sinfonia Unicamp foi executada pela primeira vez em outubro de 1977, pela Orquestra Sinfônica Brasileira, sob regência de Isaac Karabtchevsky, na Sala Cecília Meireles (Rio de Janeiro-RJ). 

São 95 páginas de partitura, dividida em estruturas rítmicas: Pórtico I, Ciências, Artes, Humanidades e Pórtico II. Os 13 acordes presentes na obra representam os 13 raios que compõem o logotipo da Unicamp. A rápida tocatta de Ciências retrata o dinamismo contínuo das pesquisas científicas. Uma música tênue e transparente remete remete ao espaço das Artes. As Humanidades estão representadas no “canto do homem e sua história”, formando uma obra que homenageia a busca pelo conhecimento, a criatividade e a ousadia. O acervo histórico do AC/SIARQ preserva a partitura e as cartas de Almeida Prado e Zeferino Vaz, documentos que fazem parte do Fundo Gabinete do Reitor I.


1978 – Grupo “O Pessoal do Victor”: o começo do teatro na Unicamp

As aulas de teatro começaram na Unicamp em 1978, oferecidas a estudantes de diversos cursos, pelo grupo “O Pessoal do Victor”, coordenado pelo ator e diretor Celso Nunes. A equipe, composta por integrantes graduados na Escola de Artes Dramáticas da USP, foi contratada para atuar no Departamento de Teatro da Unicamp, que estava em fase de criação. A montagem inicial do grupo em Campinas, já no primeiro ano de curso, foi “A Vida é um Sonho”, de Calderón de La Barca, divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo, na edição de 7 de julho de 1978. Alinhada com a direção do Instituto de Artes (IA), na época representada pelo professor Rogério Cezar de Cerqueira Leite, a proposta era “inovar o ensino de arte dramática, partindo de experiências realizadas na cidade e não de uma didática já existente”, contou Celso Nunes na reportagem. A primeira oficina, sobre expressão cultural, teve participação de 48 alunos, a maioria deles vinda de cursos básicos da Unicamp.

Com duração de um ano, o curso de extensão incentivou muitos participantes ao teatro profissional e, cinco anos depois, entrava em fase de ampliação. Em fevereiro de 1983, a imprensa de Campinas divulgou a abertura de inscrições para o curso extracurricular de teatro, desta vez voltado ao público em geral. As aulas, com foco em prática teatral, seriam conduzidas por alguns dos atores do “O Pessoal do Victor”. Entre eles, estavam Marcília Rosário, Paulo Betti, Regina Braga, Eliane Giardini, Anton Chaves, Wanderley Martins, Waterloo Gregório, Adílson de Barros, Reinaldo Santiago e Márcio Tadeu, conforme a notícia publicada no jornal Diário do Povo, em 25 de fevereiro daquele ano. Por meio de disciplinas como improvisação, técnicas teatrais e psicodramáticas e interpretação para a câmera, a proposta do curso era não só formar atores, mas indicar diferentes caminhos de atuação profissional, inclusive dentro das comunidades de cada participante. O curso também incluía oficina experimental e montagem de uma peça.

Paralelamente às aulas, o “Pessoal do Victor” seguia seu percurso artístico, por meio de apresentações em vários espaços culturais, montagens cênicas, além de pesquisas na área. A presença dos artistas no campus abriu caminhos para a criação do Departamento de Artes Cênicas, oficializado em 1986 na Universidade. 


1988 – Coral “Alimentum” estreia no Restaurante Universitário

Em julho de 1988, o periódico “Unicamp Notícias” trazia uma reportagem sobre a estreia do Coral “Alimentum”, formado por funcionários do Restaurante Universitário. Com o intuito de propiciar momentos de integração e relaxamento, os participantes, a maioria sem experiência anterior com canto, também tinham aulas de educação musical e técnica vocal.

Segundo a matéria, a ideia de formar o grupo partiu de Ady de Souza Mugnaini, que atuava na administração do restaurante. A proposta foi aprovada pelo maestro Benito Juarez, chefe do Departamento de Música do Instituto de Artes da Unicamp. Após três meses de ensaios, geralmente após o horário de expediente do restaurante, o coral estreou em 24 de junho, dia da festa junina dos funcionários, com uma apresentação aberta ao público no “Bandejão”. Renate Stephanes Soboll, então aluna do curso de Regência da Universidade, foi a regente dos 45 integrantes do “Alimentum”, com apoio de Martinho Lutero Klemman, também estudante de Regência. A partir da estreia, surgiram mais convites para eventos, como colações de grau e espetáculos junto com a Orquestra Sinfônica de Campinas.

 


MC Milton Nascimento1983 - Milton Nascimento na Unicamp, em ensaio com a Unicâmera

Em janeiro de 1983, a Unicamp recebeu a visita do cantor, instrumentista e compositor Milton Nascimento. Em sua passagem pelo Departamento de Música, o músico iniciou contatos com o maestro e professor Benito Juarez e realizou um ensaio com a Orquestra de Câmara da Universidade (Unicâmera). Wagner Tiso, também integrante do grupo “Clube de Esquina” e arranjador de diversos sucessos, como “Canção da América”, “Coração de Estudante” e “Essa Voz”, e Ed Newton, então diretor de programação da Rede Globo, também participaram da visita, acompanhada pela imprensa.

O objetivo foi a preparação para o evento em homenagem a Elis Regina, falecida exatamente um ano antes. No dia 19 de janeiro, uma missa foi transmitida em rede nacional em memória da cantora, com participação de diversos artistas. Milton, um dos melhores amigos de Elis, apresentou canções com a participação da Unicâmera, formada por 22 músicos. Os ensaios, não-abertos, foram feitos na própria Universidade e o último, na Catedral Metropolitana de São Paulo, onde a missa foi realizada. 

 

 


Década de 1990 - Núcleo de Estudos de Gênero Pagu

A jornalista e escritora Patrícia Galvão, a “Pagu”, feminista e uma das mulheres mais ativas no movimento modernista nos anos 1920 e 1930, deu nome ao Núcleo de Estudos de Gênero da Unicamp, instituído em 1993 como resultado do trabalho de pesquisadoras inseridas em diversos campos disciplinares, que buscavam dialogar com as teorias feministas e de gênero. Tudo começou em julho de 1991 como um centro de estudos, sediado no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). A presença de Elizabeth Souza-Lobo, na época professora visitante do Departamento de História, foi um estímulo para a criação do Centro.

O Pagu, atualmente vinculado à Cocen (Coordenadoria de Centros e Núcleos), tem a interdisciplinaridade como marca de suas pesquisas e inclui pesquisadores do próprio núcleo e colaboradores de outras unidades e instituições. Dimensões sociais, econômicas, antropológicas, históricas e políticas são associadas à questão do gênero. Ao longo de três décadas, o Pagu vem realizando estudos de políticas públicas, ações políticas, curso da vida e geração, migrações, mobilidades territoriais e transnacionalidade, produção cultural, cultura visual e mídia; relações de trabalho, saberes científicos, sexualidade; teorias feministas, de gênero e perspectivas disciplinares; violência, tráfico de pessoas, prisões, distribuição de justiça e práticas jurídicas. 

Para disseminar e propor reflexões sobre esses conhecimentos, o núcleo promove seminários periódicos e eventos nacionais e internacionais. Também conta com três linhas de publicação. Os “cadernos pagu”, disponíveis online e com acesso gratuito, foram lançados em 1993 e são referência em resultados inéditos de pesquisa. A Coleção “Encontros” aborda conteúdos de eventos e a Coleção “Gênero & Feminismos”, em parceria com a Editora da Unicamp, traz traduções de livros e pesquisas sobre estudos de gênero.


2008 - Fundação do CIS-Guanabara

A ligação da Unicamp com o CIS-Guanabara começou efetivamente em 1990, quando a Universidade se tornou administradora da área por meio de um contrato de comodato assinado com a Fepasa (Ferrovia Paulista), com duração de 30 anos. No entanto, a revitalização e a criação oficial do centro cultural só aconteceram efetivamente em 2008, a partir do Projeto Estação Guanabara e o evento Campinas Decor. Localizado na região central de Campinas, o espaço ocupa dois imóveis restaurados do conjunto arquitetônico da antiga Estação Guanabara, construídos no final do século XIX pela extinta Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. A recuperação dos imóveis, tombados como patrimônio histórico, arquitetônico e cultural da cidade, aconteceu por meio de parceria com a iniciativa privada. 

Originalmente, a ideia de recuperar uma antiga estação de trem da Mogiana surgiu na década de 1970, a partir do professor José Roberto do Amaral Lapa, fundador do Centro de Memória – Unicamp (CMU). No entanto, foi só no início dos anos 1990 que o comodato entrou em vigor, assim como a elaboração do primeiro projeto arquitetônico para o futuro espaço cultural, feito pela arquiteta Lina Bo Bardi. Pouco mais de uma década depois, foi submetida à reitoria uma nova proposta, inspirada nas ideias e traços da arquiteta. No projeto também estava prevista a restauração da estação, da gare e de um armazém, originais de 1883. Eles abrigariam área de espetáculos, galeria de arte, sala de ensaios, cafeteria, livraria, posto de serviços públicos e um centro de documentação. A construção de um prédio, com teatro e plateia com capacidade para mil pessoas, também fazia parte do projeto. Na revitalização, no fim dos anos 2000, foram mantidos elementos originais como alvenaria, telhado, janelas, portas e artigos de decoração. Com uma área aproximada de nove mil metros quadrados, o local passou a se chamar “Centro Cultural de Inclusão e Integração Social”. 

O CIS-Guanabara, hoje denominado “Centro Cultural Unicamp”, é vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura  e viabiliza projetos e ações socioculturais e artísticas voltados ao público em geral, com expressiva participação de pesquisadores estudantes e artistas da própria Unicamp. Exposições de arte, feiras culturais, apresentações, festivais e programas socioeducativos compõem a agenda anual do espaço. 


Década de 1980 - Nomes das ruas e praças do campus

Quem circula pela Cidade Universitária Zeferino Vaz, o campus da Unicamp em Barão Geraldo, nota que personalidades mundiais e brasileiras da ciência, da cultura e da arte dão nome às ruas do espaço universitário. Até 1988, as vias e  logradouros eram conhecidos por números. Em agosto daquele ano, a edição nº 6 da publicação “Unicamp Notícias” informava a comunidade sobre a mudança dos nomes das 23 ruas, oito avenidas e cinco praças do campus, pouco mais de duas décadas após sua fundação. Martin Luther King, Pitágoras, Érico Veríssimo, Cora Coralina, Adolfo Lutz, Albert Einstein e Charles Darwin foram alguns dos nomes escolhidos a partir das sugestões enviadas pelas unidades de ensino e pesquisa. As datas do Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) e Dia Mundial da Paz (6 de agosto) também deram nome a duas ruas. 

O processo de mudança teve início em 1985 (Proc. 6160/1985), a partir da Portaria GR nº 238/1985, instituída pelo reitor José Aristodemo Pinotti. A proposta inicial foi denominar as vias em homenagem a cientistas e técnicos administrativos ligados à fundação da Universidade, mas o caminho escolhido e adequado à lei foi lembrar de personalidades nacionais e internacionais já falecidas, com “relevante contribuição ao desenvolvimento das ciências, das artes e da humanidade”.

Após três anos de discussões e seleção das designações, as placas de sinalização em tom grafite, com letras em vermelho, entraram em fase de fabricação, a fim de compor um completo programa de padronização visual da Unicamp. O critério de localização seguiu a aproximação do nome com a área acadêmica em questão e distribuição geográfica das unidades. As cinco praças passaram a se chamar Praça do Básico, Praça da Paz, Praça das Bandeiras, sendo que duas foram batizadas com nomes de brasileiros: o poeta Carlos Drummond de Andrade e o cartunista Henfil.


Década de 1970 – O Cravo na Unicamp

Hidetoshi Arakawa. Esse é o nome do professor japonês que apresentou o cravo à Unicamp no início da década de 1970, a convite de Rogério Cezar de Cerqueira Leite. Trata-se de um instrumento musical de origem europeia, com formato semelhante ao piano de cauda, composto por um ou dois teclados, mas com som produzido por meio de martinetes que “pinçam” ou “beliscam” as cordas. Luthier e físico do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW), Arakawa integrava o “Laboratório de Acústica Musical” da unidade e confeccionava instrumentos, cuja qualidade foi reconhecida em todo o Brasil. Foi naquele espaço que os primeiros cravos da Unicamp foram construídos, sendo usados posteriormente para aulas, pesquisas e apresentações musicais solo, de câmara e orquestral.

Entre 1973 e 1977 o público de Campinas desfrutou de inúmeras audições musicais dentro e fora do campus. Os cravos também eram cedidos a eventos internacionais, a exemplo do “Festival de Campos do Jordão” e o “Curso Festival de Cravo”, em 1975, no MASP, em São Paulo. Em 1982, um dos instrumentos foi disponibilizado à nascente Orquestra de Câmara da Unicamp. O recital inaugural de cravo construído na Unicamp foi em agosto de 1973, no Paço Municipal de Campinas, apresentado por Helena Jank Hollnagel. Esse evento marcou também a introdução das aulas de cravo no então Departamento de Música da Unicamp, núcleo inicial do Instituto de Artes (IA), onde um grupo de professores, incluindo Helena, abordava conteúdos teóricos e práticos.  O contexto cultural e acadêmico contribuiu para a criação do primeiro curso de graduação em cravo do país, em 1986, oferecido pelo IA. A primeira turma, composta por cinco alunos, dispunha de quatro cravos feitos por Arakawa.

Nesta publicação estão algumas imagens do acervo histórico do AC/SIARQ. Além de fotos dos primeiros cravos confeccionados, o álbum também conta com um registro do anfiteatro do IFGW em 1976. Naquele ano, o recital do cravista japonês Eiji Hashimoto atraiu mais de 500 pessoas ao local, em mais um momento cultural realizado nos horários de almoço da comunidade Unicamp. 


1984 - História do Sistema de Arquivos da Unicamp

O Sistema de Arquivos da Unicamp (AC/SIARQ), vinculado à Reitoria e subordinado à Coordenadoria Geral da Universidade (CGU), é responsável por propor e implementar a política, gestão e preservação de documentos arquivísticos na Unicamp. Sua história começou em 1984, a partir da estruturação do Centro de Informação e Difusão Cultural (CIDIC) no qual estavam incluídos a Biblioteca Central e a Divisão de Documentação. Na época, foram contratados os primeiros funcionários. Em 1986, a Divisão de Documentação foi transferida para um local provisório, no Ciclo Básico e, um ano depois, passou a se chamar Arquivo Central do Sistema de Arquivos da Unicamp (AC).

Em 1989, uma política de gestão documental para a Universidade foi aprovada e, no mesmo ano, era implantado o Sistema de Arquivos (SIARQ), com o Arquivo Central como órgão de coordenação. Sua concepção focou na gestão arquivística integrada dos documentos e o controle da produção, tramitação, arquivamento, avaliação e preservação. Em 1991, o órgão foi transferido para o atual prédio, próximo ao Restaurante Universitário (RU). 

Dentre as realizações do órgão ao longo destas três décadas, está a realização do I Seminário Nacional de Arquivos Universitários, ocorrido na Unicamp, em 1991; a implantação do Sistema de Protocolo - primeiro sistema eletrônico de gestão unificada de documentos da Universidade, em 1993, com inclusão dos dados de todos os processos administrativos da Universidade, desde a sua criação; o Projeto Memória Científica, desenvolvido desde 2005 com o objetivo de diagnosticar e propor diretrizes e ações para a gestão arquivística de documentos científicos, tecnológicos e artísticos produzidos pela Universidade; a participação no Projeto InterPARES 3 (Pesquisa Internacional sobre Documentos Arquivísticos Autênticos Permanentes em Sistemas Eletrônicos), por meio de acordo de cooperação técnica firmado em 2008 entre a Universidade e o Arquivo Nacional do Brasil, em parceria com a Universidade British Columbia, do Canadá; e o desenvolvimento e a implantação do módulo Processos Digitais no Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos (SIGAD-Unicamp), no âmbito de projeto vinculado à Estratégia Universidade Digital do Planejamento Estratégico da Unicamp 2016-2020.

O SIGAD-Unicamp foi implantado em 2015, em substituição ao Sistema de Protocolo e conta com módulos de produção e gerenciamento de documentos avulsos e processos digitais, que se relacionam aos dados dos processos em suporte convencional. É desenvolvido com atendimento ao Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos do Conselho Nacional de Arquivos, que conferem credibilidade à produção e à manutenção de documentos, no contexto das políticas para tratamento especializado para documentos em meio digital, com base em valores legais, administrativos e informativos. 


memóriasdocampus Vicenta1991 - Homenagem à Vicenta Cortés Alonso no I Seminário Nacional de Arquivos Universitários

Esta publicação é uma homenagem à arquivista e pesquisadora Vicenta Cortés Alonso, que faleceu no dia 5 janeiro de 2021, na cidade espanhola de Valência. Vicenta começou sua carreira em 1954, na Espanha, onde atuou em diversas instituições e universidades. Publicou 21 livros e percorreu diversos países na disseminação de conhecimentos em arquivologia.

Vicenta esteve na Unicamp, na ocasião do I Seminário Nacional de Arquivos Universitários, realizado em novembro de 1991 pelo SIARQ. Centenas de profissionais e pesquisadores participaram do evento. A arquivista, então coordenadora dos cursos de especialização em organizações de arquivos da OEA (Organização dos Estados Americanos), participou da sessão de encerramento. Por meio do compartilhamento de experiências, ela falou sobre a responsabilidade e desafios da profissão de arquivista e a importância de preservação dos arquivos. A conferência completa e traduzida da pesquisadora está na Ata do seminário, que faz parte de nosso acervo histórico e documental.

 

 


1976 - Reconhecimento da Unicamp

Equipes acadêmicas e administrativas, edifícios e instalações, equipamentos, laboratórios, cursos de graduação e pós-graduação, pesquisas realizadas e em andamento, patrimônio, capacidade financeira, convênios e serviços gerais. Todos esses dados são fundamentais em um processo de reconhecimento de instituição de ensino superior por parte do Ministério da Educação (MEC), a fim de garantir sua consolidação e aprovação oficial. A Unicamp deu esse passo importante em sua história em 1976. O grupo de trabalho para organizar o processo de pedido de reconhecimento da Universidade foi constituído um ano antes, a partir de nomes indicados pelo reitor Zeferino Vaz. A Secretaria Geral se responsabilizou pela preparação da documentação e de todas as tratativas com o Conselho Estadual de Educação. 

O decreto foi assinado pela Presidência da República em 2 de outubro de 1976, em cerimônia realizada em Campinas. Na ocasião, a “jovem” Unicamp, que funcionava há pouco mais de uma década, contava com cerca de oito mil alunos e quase mil professores, sendo 85% destes dedicados à instituição em tempo integral. A estrutura era composta por sete institutos de ensino e pesquisa, dois colégios técnicos e quatro unidades de serviço. As obras do Hospital de Clínicas (HC) também estavam em andamento. Diversas pesquisas e ações de extensão também compunham o documento enviado ao MEC. Neste álbum estão oito fotografias tiradas durante o processo de reconhecimento da Universidade. As imagens fazem parte do acervo histórico do AC/SIARQ, Fundo Secretaria Geral.


Décadas de 1970, 1990 e 2000 - Trabalhos de Campo

Os trabalhos de campo acontecem em diversos cursos e projetos realizados pela Unicamp. Professores e alunos deixam as salas de aula e laboratórios para explorar conteúdos e aplicar conhecimentos em outros espaços e comunidades.

Em fotografia de 2008, publicada em reportagem do Jornal da Unicamp, o professor Francisco Ladeira, do Departamento de Geografia do Instituto de Geociências, levou seus alunos a uma das atividades de campo previstas na graduação. Já, no ano de 1994, em uma propriedade rural no município de Sorocaba-SP, estudantes de Engenharia Agrícola participaram de aula de mecanização de solos.

De volta à década de 1970, temos um registro do  Campus Avançado Cruzeiro do Sul (CACS), programa concebido como parte do projeto Rondon, resultante de um convênio firmado entre a Unicamp, estado do Acre e prefeituras locais, com o objetivo de favorecer a aplicação prática de conhecimentos, realizar estágios, promover cursos de extensão e desenvolver a região contemplada pelo convênio. A foto, de 1973, apresenta uma das ações desenvolvidas pela Unicamp: orientação à saúde da comunidade.

No início de 1996, alunos de diversos cursos da Unicamp e professores participaram do projeto nacional “Universidade Solidária”. A equipe viajou para Anadia e Maravilha, cidades do sertão alagoano com o objetivo de conhecer a realidade local, além de ministrar palestras sobre temas como odontologia e saneamento básico. 

Em 2004, onze municípios da região do Vale do Ribeira, em São Paulo, receberam equipe de docentes e doutorandos da Unicamp, dentro do projeto “Teia do Saber” que contemplava cursos de formação continuada direcionados aos professores da rede estadual de ensino. A equipe da Unicamp pôde, além de promover atividades de capacitação, vivenciar os desafios de escolas situadas em regiões de grande vulnerabilidade social.

Em 2008, o Jornal da Unicamp publicou reportagem sobre o Biota (Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo), financiado pela Fapesp. A coleta de dados em áreas como a Mata Atlântica integrou o Programa que, por sua vez, culminou na elaboração de políticas públicas ambientais. 


Décadas de 1960, 1970, 1980 -  Espaços de Aula na Universidade

Aqui estão alguns espaços de aulas das unidades de ensino e pesquisa, a partir de fotografias de diversos fundos do acervo histórico e documental do AC/SIARQ. Na primeira foto é possível ver alunos concentrados em uma aula prática de anatomia, em 1964, ainda em instalações provisórias da Universidade, pois o campus de Campinas ainda não havia sido construído. O curso de Engenharia Civil também contava com espaço próprio para ensino de projetos aos alunos. A foto de 1971 registra uma sala de aula na Faculdade de Engenharia de Limeira (FEL), onde o curso funcionava antes de mudar para Campinas na década seguinte. A Faculdade de Engenharia de Alimentos está no álbum, em uma fotografia de 1979, na ocasião do reconhecimento da unidade pelo Ministério da Educação (MEC). Aulas em locais abertos, como a piscina, sempre foram usuais no curso de Educação Física, conforme ilustra a imagem de 1985. A sala de aula dos alunos de Artes Cênicas também era adaptada para performances e ensaios, como se vê na última fotografia, de 1986.

 

 


Décadas de 1970 e 1980 - Antigos Laboratórios da Unicamp - Parte II

A segunda parte da série “Laboratórios da Unicamp” revisita espaços de pesquisa da Universidade, por meio de fotografias de diversos fundos do acervo histórico e documental do AC/SIARQ.

A primeira imagem do álbum é de 1970, na cidade de Limeira-SP. Antes mesmo da fundação do seu prédio próprio, o Colégio Técnico de Limeira (Cotil) funcionava provisoriamente no Ginásio Estadual Industrial Trajano Camargo. Em uma das imagens está o Laboratório de Máquinas e Motores do colégio, que mudou para o campus em 1973.

Já na Cidade Universitária Zeferino Vaz, em Barão Geraldo, diversos laboratórios já funcionavam na década de 1970, momento de grande expansão das atividades no campus. O Instituto de Biologia (IB) foi um dos três primeiros institutos de ensino e pesquisa da Universidade, fundado em 1967. Nesta publicação, destacamos os Laboratórios de Histologia e Embriologia, em 1973, e de Eletrofisiologia, em 1976. Três anos depois, a fotografia registra aula de análise sensorial de alimentos em um dos laboratórios da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA). Fechando o álbum, em 1988, está o Laboratório de Amostra de Solos da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri).


2000 - Inauguração do Hospital Estadual de Sumaré

O Hospital Estadual Sumaré (HES) “Dr. Leandro Franceschini” começou a ser construído em 1989. Após paralisação nas obras por quase dez anos, a construção foi retomada em 1998. A unidade de saúde, inaugurada em 22 de setembro de 2000, passou a ser administrada pela Unicamp, a partir de um convênio com o governo estadual, com recursos provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e Secretaria Estadual de Saúde.

Em uma área de 20 mil metros quadrados, as primeiras atividades a entrarem em funcionamento foram enfermaria da clínica médica, maternidade e berçário. Médicos residentes da Unicamp também ampliam especialidades e atendem na instituição desde os primeiros meses após sua fundação, cobrindo uma população de cerca de 600 mil pessoas da microrregião formada pelas cidades de Hortolândia, Nova Odessa, Monte Mor, Santa Bárbara d' Oeste e Sumaré. Também circulam alunos dos cursos de enfermagem, farmácia e nutrição. Todas as áreas médicas, com atividades de ensino no hospital, possuem uma coordenação acadêmica de um professor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), além de um médico na supervisão executiva dos atendimentos. Além dos sete andares para atendimento em diversas áreas médicas, o edifício conta com três anexos administrativos, área de Ensino e Pesquisa, estacionamento e heliponto. O HES conta também com um Serviço de Urgência Referenciada para atendimento de urgência e emergência.

Desde o início de suas atividades, foram efetuadas mais de 170 mil cirurgias, cerca de 48 mil partos e mais de 1 milhão de consultas ambulatoriais, o que reduziu a demanda de pacientes atendidos no Complexo Hospitalar da Unicamp e outros hospitais públicos da região. Em 2002, com apenas dois anos de funcionamento, o HES foi considerado um dos 10 melhores hospitais do país mais bem avaliado pelos pacientes, garantindo o prêmio de Qualidade Hospitalar – Categoria Nacional, concedido pelo Ministério da Saúde. A gestão do Hospital prevê metas de qualidade e produtividade vinculadas ao repasse orçamentário definido em contrato.


1972 - Pedra Fundamental da Faculdade de Odontologia de Piracicaba

A Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) forma dezenas de cirurgiões dentistas a cada ano. A instituição, então chamada Faculdade de Farmácia e Odontologia de Piracicaba, foi fundada em 1955. A Unicamp incorporou a unidade em 1967, que passou a se chamar Faculdade de Odontologia de Piracicaba. 

Em novembro de 1971 iniciaram-se as obras de construção do novo prédio da FOP que, até então funcionava no edifício do Externato São José, região central da cidade. A expansão das atividades acadêmicas levou à necessidade de maior espaço físico. O campus foi construído no mesmo município, em um terreno de cerca de 60 mil metros quadrados, doado pela Escola Superior de agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP). 

Em abril de 1972 foi lançada a pedra fundamental do campus, com participação de Antonio Rodrigues Filho, vice-governador do estado de SP; Zeferino Vaz, reitor da Unicamp; Homero Paes de Athayde, prefeito de Piracicaba, além de professores e convidados. Cinco anos depois, a FOP inaugurava seu pavilhão principal e entrava definitivamente em operação no campus atual. É ali que acontecem todas as atividades de ensino, pesquisa e atendimento odontológico à população, este realizado na ampla Clínica de Graduação e Pós-Graduação. A instituição desenvolve também, nesse contexto, atividades extramuros de saúde bucal. O AC/Siarq conta com um acervo de imagens sobre a FOP. Veja algumas no álbum.


1989 - Primeiro curso de Música Popular da América Latina

Em 1989, teve início na Unicamp um curso pioneiro em toda a América Latina: Música Popular. Recém-chegados à Universidade, os novos alunos, a maioria já com aptidão e familiaridade com instrumentos musicais, buscavam desenvolvimento teórico e prático, além de possibilidades de atuar com pesquisas na área. A carreira profissional abrangeria funções como arranjador, produtor musical e instrumentista. 

Foi de Benito Juarez, então diretor do Departamento de Música do Instituto de Artes (IA), a proposta do curso, apresentada e elaborada por um grupo de professores do departamento e, posteriormente, submetida à comissão designada pela Reitoria. Benito também atuava como regente da Orquestra Sinfônica de Campinas. Ao longo dos semestres, os alunos tinham, por exemplo, oportunidade de acompanhar ensaios do grupo e observar a função de cada instrumento, técnicas e linguagens, não restritas apenas à música brasileira. No primeiro vestibular, realizado em janeiro de 1989, 68 candidatos de vários estados do Brasil concorreram a vinte vagas oferecidas. 

Estas são duas notícias preservadas no acervo histórico do AC/SIARQ sobre o início do curso na Universidade, cujo processo de criação começou exatamente dois anos antes. Jornal da Unicamp, Diário do Povo e outros veículos da imprensa noticiaram mais um importante passo na formação profissional e difusão cultural na região e em todo o país.


1971 - Criação do Departamento de Música do Instituto de Artes

O Instituto de Artes (IA) iniciou suas atividades em 1970 como Escola de Música, transformada em 1971 em Departamento de Música, sob coordenação do professor Rogério Cesar de Cerqueira Leite.  O início da unidade foi com atividades musicais, como o Coral Unicamp, criado pelo maestro Benito Juarez, e o oferecimento de um curso de extensão na área.

Nos anos seguintes, os cursos se ampliaram para artes plásticas e outras ações artístico-culturais.  Previsto nos estatutos da Unicamp (DE no 52.255/69, de 30 de julho de 1969), o IA foi instalado oficialmente como unidade de ensino e pesquisa em 1979, a partir do Departamento criado oito anos antes. Em meados da década de 1980, foi definida a estrutura administrativa do IA, com a institucionalização dos Departamentos de Artes Corporais; Música; Artes Plásticas; Artes Cênicas e Multimeios (atualmente denominado“Multimeios, Mídia e Comunicação”). As diversas atividades ao longo dos anos projetaram o instituto para além do campus e da cidade de Campinas: festivais, seminários, oficinas e eventos realizados por grupos de pesquisa e alunos.

Neste álbum divulgamos imagem do primeiro concerto do Coral Unicamp, realizado na Catedral Metropolitana de Campinas em 1971 (Foto 1); edição número do Jornal de Música da Unicamp, de 1971 (Foto 2) e foto da fachada do Instituto de Artes em 1983 (Foto 3). 


1990 - Programa de Moradia Estudantil

A conquista da moradia estudantil da Unicamp tem muita história. As primeiras 30 casas foram entregues em janeiro de 1990. Era um “respiro” para calouros recém-chegados à Campinas e sem recursos suficientes para bancar o aluguel dos imóveis próximos ao campus. A entrega simbólica de uma chave a representantes do Diretório Central dos Estudantes marcou o início da ocupação do espaço de habitação social. O conjunto, projetado com técnica desenvolvida pela própria Universidade, foi composto por 253 casas e capacidade para mil alunos. As vagas disponíveis variam anualmente, conforme números de egressos e alunos contemplados. O trajeto do ônibus circular interno do campus também foi alterado: uma das rotas passaria pela Moradia, distante um quilômetro e meio do campus, para levar e buscar os alunos. Nos primeiros meses de Programa, já estavam inscritos 500 alunos, a serem selecionados por uma Comissão, com base nas condições socioeconômicas e desempenho acadêmico.

 

 

 


1972 - Teatro de Arena

Foi no “coração” do campus de Barão Geraldo que o Teatro de Arena da Unicamp foi construído e inaugurado em 1972. No ato de descerramento da placa, diversas autoridades acompanhavam o reitor Zeferino Vaz e o governador de São Paulo, Laudo Natel. A Praça do Ciclo Básico ganhava então um espaço, a céu aberto, para eventos culturais e reuniões da comunidade universitária e moradores da região. A obra, com capacidade para 800 pessoas, “foi executada sobre quatro caixas d´água, aproveitando a infraestrutura já projetada e a qualidade acústica do local”. Desde então, o Teatro já sediou inúmeros eventos artísticos com público garantido. Veja algumas fotos deste simbólico espaço de vivência na Unicamp.

 

 

 

 


memoriasdocampus lab2002 - Criação do Laboratório de Acessibilidade da Biblioteca Central Cesar Lattes

A proposta do laboratório de Acessibilidade (LAB) da Biblioteca Central Cesar Lattes (BCCL) surgiu ainda em 1998, a partir de um projeto do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), mas foi quatro anos depois que o espaço de ensino, pesquisa e extensão foi inaugurado em uma das salas da BCCL, com apoio da Fapesp e da Pró-Reitoria de Graduação (PRG). 

A área atende toda a Universidade e comunidade externa com inclusão em ensino e aprendizagem. Portas mais largas, mesa adaptada, jogos educativos, fantoches e cartazes em Libras contemplam ações para outras deficiências, além da visual, que foi o ponto de partida do laboratório. Dividido em ambientes como acesso à informação, apoio didático e sala multimídia, o LAB incentiva os usuários a fazer estudos e pesquisas com maior autonomia e independência. O apoio começa logo no vestibular, em que candidatos podem contar com as tecnologias para realizar as provas. Ao ingressar na Unicamp e se declarar PCD, o acesso às ferramentas está garantido por todo o período de permanência. O espaço oferece serviços de adaptação de textos impressos em formato digital acessíveis, atendimentos e de oficinas sobre inclusão, acessibilidade e recursos de tecnologia assistiva. Também atua na promoção de apoio didático. Esporadicamente realiza audiodescrição em eventos institucionais. 

Nesta foto do acervo do AC/SIARQ (Fundo Ascom) está Fabiana Bonilha, uma das primeiras usuárias da infraestrutura do LAB, durante estudos de pós-graduação em Música pelo Instituto de Artes da Unicamp.


Memórias Vai Rolar1985 – “Vai Rolar” é tema do programa Artista Residente

O programa “Artista Residente” de 1985, conduzido pelo artista gráfico João Baptista da Costa Aguiar (1948-2017), integrou diversos institutos e grupos de pesquisa na concepção e execução do projeto. A “intervenção urbana”, chamada “Vai Rolar”, atraiu toda a comunidade do campus - alunos, professores e funcionários – para o gramado da Praça do Básico, no dia 24 de outubro. Durante cerca de duas horas, uma grande bola vermelha feita de lona plástica inflável e com cinco metros de diâmetro percorreu o espaço. 

A proposta de João Baptista foi inspirada no logotipo da Universidade, que reflete o próprio plano piloto do campus. Uma grande folia, acompanhada por trio elétrico, seguia a bola e embalava a participação espontânea das pessoas no gramado. O reitor da época, José Aristodemo Pinotti, também participou da apresentação. Pesquisadores do Lume (então nomeado “Laboratório Unicamp de Movimento e Expressão”) foram parceiros do projeto. A intervenção, seguida de produção de vídeo e de exposição, ganhou destaque na mídia campineira.

 


Década de 1980 -  Jogos no Ginásio da Unicamp

Inaugurado em fevereiro de 1986, o Ginásio Multidisciplinar da Unicamp (GMU) já fazia parte do projeto do campus desde sua fundação. Em 35 anos de existência, o espaço sediou inúmeras atividades esportivas, culturais, sociais e acadêmicas, como shows, feiras, campeonatos e correções de provas do Vestibular Unicamp. 

Aqui destacamos alguns jogos que aconteceram no Ginásio recém-inaugurado. Em maio de 1988, as seleções de basquete do Brasil e de Cuba disputavam circuito mundial, com expressivo público presente. Martina Navratilova também passou por lá em dezembro de 1994, quando se despedia de sua carreira de atleta em uma memorável partida de tênis.

 

 

 

 


Década de 1940 - SBPC em Campinas

Em 8 de julho de 1948 foi fundada a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência),fruto da união de cientistas que lutavam pelo reconhecimento e institucionalização da ciência no país. Aqui estão algumas imagens que remetem à realização das reuniões anuais na cidade de Campinas. A primeira delas, em 1949, foi no Instituto Agronômico (IAC). Em 1982, pela primeira vez, a Unicamp sediava a 34ª reunião. Mais tarde, em 2008, mais de 300 atividades marcaram a realização da 60ª Reunião, também realizada em nossa universidade.

 

 

 

 

 

 


1987 - I Semana da Consciência Negra

Em 1987, o Brasil vivia o momento de Assembleia Nacional Constituinte. Nesse ano também ganhavam força as reflexões sobre o Centenário da Abolição dos Escravos. Na Unicamp, o Grupo de Estudos Afro-brasileiros do Centro de Memória da Unicamp (CMU), coordenado pelo professor e pesquisador José Roberto do Amaral Lapa (1929-2000), promoveu a I Semana de Consciência Negra da Universidade. O evento, realizado no Ginásio entre os dias 11 e 13 de novembro, contou com parceria do Projeto Aquarelas do Brasil (projeto de extensão que organizava eventos musicais de larga expressão no campus) e apoio do Programa Nacional do Centenário da Abolição, instituído pelo Ministério da Cultura.

Durante três dias, a comunidade universitária e o público em geral participaram de apresentações culturais, projeção de filmes, noite de lançamentos de livros, rodas de discussão sobre cultura negra, debates e exposições de arte. Cerca de 1400 alunos de ensino fundamental e médio também estiveram presentes. A Unicamp também recebeu pesquisadores de Angola, que viajaram a convite dos organizadores. O objetivo do evento, alinhado à proposta do grupo de pesquisa, foi resgatar a cultura afro-brasileira na região de Campinas, difundir a cultura africana e integrar pesquisas brasileiras e angolanas.


1986 – Inauguração da Praça da Paz 

A Praça da Paz é um espaço de convívio na Unicamp conhecido por quem circula pelo campus e também pela comunidade externa. É um local aberto, com cerca de 48 mil metros quadrados, de fácil acesso, onde se pode fazer caminhadas, piqueniques e conviver entre amigos e famílias. Há uma arena para apresentações culturais e equipamentos para atividades físicas ao ar livre.

A inauguração desta área de lazer, oficialmente denominada “Praça da Paz”, aconteceu em agosto de 1986, por meio de Portaria do Gabinete do Reitor. A primeira foto do álbum registra um dos momentos da cerimônia de inauguração, acompanhada pela imprensa local e pela comunidade universitária. Conduzido pelo então reitor da Unicamp, Paulo Renato da Costa Souza, o evento contou com apresentações musicais e do Grupo Lume Teatro. A solenidade se inseriu no conjunto de atividades em todo o Brasil que lembravam o 41º aniversário do bombardeio na cidade japonesa Hiroshima, no fim da 2ª Guerra Mundial, em agosto de 1945. Da notícia do Jornal da Unicamp, ed. 001, extraímos um trecho sobre o nome da praça: “Que responsabilidade tem uma Universidade na preservação da paz? Aparentemente nenhuma, mas na realidade, muita. Afinal é de seus bancos e laboratórios de ensino e pesquisa que emergem, todos os anos, aquele que vão tomar decisões que podem incluir sobre a paz ou conflito. A Comunidade da Unicamp entendeu isso [...]”.


memórias do campus Lume1996 - Lume Teatro na Praça da Paz

A Praça da Paz é um local é aberto, de fácil acesso para a comunidade da Unicamp e também externa. O conhecido "Ponto de Encontro" na praça já recebeu inúmeras atrações desde que foi criado. Uma delas foi uma apresentação do Lume Teatro, em 1996. Com sede na Vila Santa Isabel (Barão Geraldo), Lume é o Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da Unicamp. Em 2020, completou 35 anos de trabalhos nacionais e internacionais. É referência em pesquisa e formação de atores.

 

 

 

 

 

 


Décadas de 1980, 1990 e 2000 - Hermeto Pascoal na Unicamp

O compositor, arranjador e multi-instrumentista Hermeto Pascoal é conhecido por sua capacidade de fazer música com objetos, como chaleiras e brinquedos. Suas composições mesclam diversos ritmos brasileiros e internacionais. Nascido no município de Arapiraca, interior de Alagoas, aprendeu na infância a tocar diversos instrumentos. Além de ser tema de teses e dissertações do Instituto de Artes da Unicamp, o músico já esteve na Universidade em diferentes ocasiões. Hoje, o #memóriasdocampus destaca alguns momentos de contato de Hermeto com os estudantes, apresentações, workshops e participações especiais.

Em maio de 1989 (foto 1), o compositor esteve no Instituto de Artes para uma “aula show”, atraindo uma plateia de 200 pessoas, conforme reportagem do Jornal da Unicamp (ed. 32). Acompanhado de um grupo, tocou piano e usou a criatividade musical com outros instrumentos: chocalhos, apitos e panelas. 

No início da década de 1990, as formaturas eram coletivas e realizadas no Ginásio Multidisciplinar da Unicamp. As cerimônias eram feitas semestralmente e uniam diversas turmas no mesmo evento. Os formandos também contavam com a presença de patronos externos à Unicamp, convidados oficialmente pela Universidade. Hermeto Pascoal foi um deles. Na formatura de 1990, sua participação foi marcada pela apresentação que fez junto com a Orquestra Sinfônica da Unicamp, regida pelo maestro Benito Juarez (foto 2).

Em 1996, Hermeto Pascoal voltou à Universidade e fez um show de uma hora e meia no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), marcando mais um momento cultural da instituição. A apresentação fez parte do projeto “Turnê Universitária”. Mais recentemente, a Universidade registrou mais uma passagem de Hermeto Pascoal no Instituto de Artes. Em 2014, ele realizou um workshop no Instituto de Artes para cerca de 250 alunos. Um dos músicos mais citados nas salas de aula do curso de Música, Hermeto falou sobre iniciação musical, criatividade e contou experiências de sua trajetória profissional.


Show Gil1987 – Show de Gilberto Gil e Jorge Mautner na Unicamp

O encontro musical dos cantores e compositores Gilberto Gil e Jorge Mautner na década de 1980 não passou despercebido por milhares de pessoas em Campinas. É que em 1987 os dois expoentes da Tropicália se apresentaram no Ginásio da Unicamp e interpretaram diversos sucessos como “A Novidade”, “Maracatu Atômico” e “I Just Call to say I love you”, de Stevie Wonder. Eram tempos de espetáculos inesquecíveis na nossa universidade. Quem tem saudades ou gostaria de ter vivido momentos como esse?

Nos anos 1980 e 1990, shows com renomados artistas aconteceram por meio de projetos como “Aquarela do Brasil” e “Turnê Universitária”. O público acompanhou apresentações de Chico Buarque, Caetano Veloso, Paulinho da Viola e outros artistas da MPB. Na imagem, vemos Gil no palco e, pouco antes do show, recebido pelo professor Carlos Vogt, então Coordenador Geral da Unicamp (ao centro), em companhia de Mautner. 

 


FutebolFOP1960 - Futebol na Faculdade de Odontologia de Piracicaba

Os esportes sempre fizeram parte do cotidiano universitário em todos os campi da Unicamp. Esta foto, por exemplo, é de 1960. Trata-se da turma de futebol dos alunos da Faculdade de Farmácia e Odontologia de Piracicaba. A Faculdade, hoje FOP, foi incorporada à Unicamp em 1967 a partir da Lei 9.715, apenas com o curso de Odontologia.

 

 

 

 

 

 

 


univ portas abertas 19761976 – Evento “Universidade Aberta”

Há 45 anos, a Unicamp, pela primeira vez, abriu suas portas para alunos de Ensino Médio - na época, era o "segundo grau" - conhecerem mais sobre a Universidade, cursos e pesquisas. Em 1976, o evento "Universidade Aberta" ganhou espaço entre as notícias do jornal Correio Popular de 29 de agosto. A fotografia é do curso de Computação, um dos que mais despertaram curiosidade por parte dos visitantes. Assim como na atualidade, os futuros universitários também eram recebidos pelos estudantes da Unicamp, professores e monitores. Conferiam palestras e participavam de atividades práticas. Em anos posteriores, o evento passou a se chamar UAP e depois UPA. Em edições recentes, o campus já chegou a receber cerca de 50 mil pessoas.

 

 

 

 


UPA 19931993 – “Unicamp de Portas Abertas” no Ginásio

Entre os inúmeros eventos científicos, culturais e esportivos que o Ginásio Multidisciplinar da Unicamp já sediou, está a apresentação da Universidade para estudantes de ensino médio, em fase pré-vestibular. Ao longo da história, o evento, geralmente anual, já teve vários nomes: UAP, UPA, “Seu colégio na Unicamp”.

Em 1993, o campus de Barão Geraldo recebeu quase 10 mil alunos de terceiro ano do ensino médio, divididos em edições na última semana de agosto e no dia 10 de setembro. Ao todo, 121 escolas públicas e particulares de vários estados do Brasil participaram da visita, organizada pela Pró-Reitoria de Graduação, por meio da Comvest (Comissão Permanente para Vestibulares). Após a chegada dos ônibus logo pela manhã e o tradicional encontro no Ginásio, os estudantes se dirigiam às unidades para conhecer os cursos de graduação de maior interesse. Centenas de monitores apoiavam as atividades.

 

 


Memorias TransplanteMedula1993 - Primeiro Transplante de Medula Óssea

Em 15 de setembro de 1993, a Unicamp celebrou o primeiro transplante de medula óssea (TMO), realizado no Hospital de Clínicas (HC) e custeado integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Naquele momento, a instituição se posicionava entre os cinco centros hospitalares do país aptos para realizar o procedimento. Para o programa começar, o HC e o Hemocentro prepararam pessoal e estrutura com quartos climatizados e com um sistema de filtros para reduzir ao máximo possíveis contaminações. Todo o processo de doação de medula, preparo do paciente, acompanhamento pós-cirúrgico e avaliação de tolerância imunológica estiveram no escopo da equipe médica da Unidade de Transplante de Medula Óssea da Unicamp desde o início dos procedimentos. O transplante de medula e de células-tronco sanguíneas aumentou a taxa de sobrevivência para alguns tipos de câncer hematológico para 90%, o que antes era próximo de zero.

 

 

 


1985 - Criação do Hemocentro 

O Hemocentro da Unicamp é referência nacional em assistência hematológica e hemoterápica. O centro, localizado no campus de Barão Geraldo, sedia consultas médicas, coleta de exames e tratamentos diversos, além de atuar em parceria com diversas instituições. Atende cerca de seis milhões de pessoas, distribuídas em 120 municípios. Essa unidade de excelência em serviços e na formação de pesquisadores e profissionais foi criada em 1985, por meio da Portaria GR 297/85. Eram tempos de identificação dos primeiros casos de Aids, contexto que também motivou a criação de um centro de pesquisas de patologias do sangue.

O Hemocentro já era modelo para todo o estado de São Paulo apenas dois anos após sua inauguração, ainda nas dependências do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp. Em 1991, a equipe foi para um prédio próprio, próximo ao Hospital. Ao longo de sua trajetória, o Hemocentro teve diversos marcos, como a inauguração da unidade de Transplante de Medula Óssea, em 1993; o Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário, em 2006; o Centro de Treinamento Internacional em Hemofilia, em 2011, entre outros avanços científicos, incluindo desenvolvimento de pesquisas em anemia falciforme, talassemia e células-tronco de cordão umbilical.

A Divisão de Hematologia atende pacientes com doenças hematológicas divididos por ambulatórios temáticos. Também há cuidados de pacientes com internação prolongada no HC da Unicamp. A área de Hemoterapia faz coletas de sangue de doadores voluntários, seja no próprio Hemocentro ou em postos de coleta. Há testes de qualidade do sangue doado e exames de compatibilidade antes de procedimentos de transfusão. As ações também envolvem pesquisa e formação de profissionais.


Cotuca1970 – Primórdios do Cotuca

Esta é a fachada do Colégio Técnico Industrial em 1970, anos mais tarde chamado Colégio Técnico de Campinas, o Cotuca. Em 1966, o Conselho Estadual da Educação autorizou a instalação e o funcionamento da Unicamp e de colégios técnicos industriais de enfermagem e tecnologia de alimentos. No ano seguinte, a Secretaria de Estado para Negócios da Educação concedeu à Universidade a possibilidade de manter seu Colégio no Ginásio Industrial Estadual Bento Quirino, situado à Rua Culto à Ciência, 177. Em 1984, o edifício, um dos mais tradicionais de Campinas, foi tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico).

 

 

 

 


logo caf2003 - Lançamento do programa “Ciência e Artes nas Férias”

Desde 2003, todos os anos o mês de janeiro na Unicamp fica preenchido por atividades voltadas a estudantes de ensino médio da região de Campinas, Limeira e Piracicaba. Trata-se do projeto “Ciência e Arte nas Férias”, realizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP), em parceria com professores e pesquisadores da instituição. Tem o objetivo de despertar jovens talentos para a pesquisa científica e atividades artísticas e envolvê-los, desde cedo, em atividades práticas onde haja contato com os desafios atuais da ciência e a metodologia do trabalho científico.

Há 18 anos, a PRP idealizou um projeto em que diversos laboratórios de pesquisa pudessem oferecer estágios a alunos selecionados em escolas públicas de ensino médio. A primeira edição aconteceu nas áreas de exatas, biológicas e humanidades. Temas como óleos essenciais, biologia reprodutiva e genética, mecatrônica, polímeros biológicos e jornalismo científico estiveram nas propostas de pesquisa. Uma das oficinas foi de produção de vídeo para projetos educativos, oferecida pelo Laboratório de Educação e Informática Aplicada, da Faculdade de Educação. O resultado foi justamente uma minidocumentário sobre o primeiro “Ciência nas Férias” da Unicamp. A Arte foi incorporada nas edições futuras, embora estivesse entre as oficinas desde o início do projeto. O pequeno vídeo desta publicação é parte do documentário produzido pelos participantes de 2003, cedido ao AC/SIARQ pela equipe da PRP. Clique na imagem acima para assistir.


1946 – Luta pela criação da Faculdade de Medicina

A Faculdade de Medicina veio a ser a origem da Unicamp. A campanha por sua criação foi árdua, longa e reuniu várias entidades na cidade. Dados históricos mostram que tudo começou em 1946, a partir de artigo do jornalista Luso Ventura no jornal Diário do Povo.

Ao longo dos anos, algumas leis formalizam a criação da faculdade, mas ela não saía do papel. Em 1960, a Diretoria da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC), determinou que a instalação da escola seria prioridade da associação. Em 1961, o Conselho de Entidades de Campinas (CEC), que congregava 23 associações de classe, foi reativado, mobilizando diversos setores sociais. Todo o planejamento foi baseado em ações de comunicação sobre a importância de um curso de medicina para a região.

Enfim, em 1963, a Faculdade de Medicina de Campinas (hoje Faculdade de Ciências Médicas, passou a funcionar provisoriamente, nas dependências da Maternidade, ainda em construção. A aula inaugural, de 20 de maio, marcou oficialmente o início da instituição. Dois anos depois, o curso foi transferido para as dependências da Santa Casa de Misericórdia de Campinas, onde ficou até 1985. A partir daí, teve início a mudança definitiva para o campus de Barão Geraldo.

Quatro imagens ilustram a história: logotipo da campanha do Conselho de Entidades de Campinas, idealizado por Milton Brescia; reportagem de 1961 sobre a reunião das entidades; Maternidade de Campinas, primeiras instalações do curso de medicina; Santa Casa de Misericórdia de Campinas, que abrigou temporariamente a faculdade e diversos departamentos criados.


1976 - Criação do Serviço de Apoio ao Estudante

Em 2021, o Serviço de Apoio ao Estudante (SAE), órgão da Pró-Reitoria de Graduação da Unicamp, completou 45 anos de existência. Com uma década de fundação, a Universidade concretizou, em 1976, o propósito de desenvolver programas de apoio e de assistência aos estudantes com dificuldades de permanência na Universidade, por conta de questões financeiras, adaptações sociais e acadêmicas. Com o desenvolvimento da Universidade ao longo dos anos e implementação de políticas de inclusão social, novas ideias foram sendo incorporadas ao escopo de trabalho do órgão, com a criação de programas e aprimoramento dos já existentes.

O SAE incorpora auxílios referentes à moradia, alimentação, transporte e cultura, além de suportes na área educacional, social, jurídica e do mundo de trabalho. As áreas Social, Acadêmica e Cultural promovem palestras, oficinas, cursos e atendimentos individuais e coletivos. Ações culturais promovidas em diversos espaços do campus também integram a missão do órgão ao longo de sua história. Eventos como, por exemplo, o musical “Básico 12h30”, com apresentações de grupos vindos de todo o país no Ciclo Básico; “Videoart”, que propunha exibição de filmes e “Bye, Bye Unicamp – uma Caravana Cultural” marcaram o cotidiano universitário na década 80, com lotação garantida nos horários de almoço e incentivo aos alunos-artistas da Universidade. O SAE também promovia atrações no “UAP – Universidade Aberta ao Público”, encontro anual para estudantes de ensino médio, e a “Calourada”, no início do ano letivo. Confira álbum com algumas fotos do Fundo SAE.


1989 -  FIT: Festival Internacional de Teatro

Incentivar o intercâmbio cultural e criar em Campinas um polo de referência nacional e internacional no campo das artes cênicas eram os objetivos dos organizadores do FIT, Festival Internacional de Teatro. Idealizado pelo ator e diretor Marcos Kaloy, com chancela do Instituto de Artes, o encontro anual agitava a cidade no fim dos anos 80 e início da década de 90. A comissão realizadora, formada por produtores culturais, privilegiou trabalhos de arte contemporânea, por meio de espetáculos, oficinas de montagens e workshops ministrados por personalidades do teatro e dança.

Tudo começou em 1989, com a primeira edição do evento, então chamado “Mostra Internacional de Teatro” (MIT). Com apoio do reitor da Unicamp, Paulo Renato Costa Souza, e da Secretaria Municipal da Cultura, Campinas sediou uma versão reduzida do reconhecido “Festival Latino Americano de Londrina”. Cerca de onze grupos teatrais se apresentaram. A abertura oficial foi no Centro de Convivência Cultural. A Mostra anunciava o que o público veria no ano seguinte: o primeiro FIT, “Festival Internacional de Teatro de Campinas”, com participação de grupos reconhecidos no cenário internacional, como The Leaving Theatre. Em 1990, foram 23 espetáculos e 22 oficinas com mais de 400 alunos. A repercussão do evento abriu caminhos para edições futuras. Os eventos, realizados até 1995, contaram com atrações brasileiras e internacionais. Espetáculos e oficinas aconteciam em diversos espaços urbanos, como o Museu da Cidade, Catedral e Lagoa do Taquaral.

O AC/SIARQ custodia um dossiê sobre o FIT. O fundo, composto por cartazes, relatórios, vídeos, notícias da imprensa, entre outros, é dividido em sete grupos documentais: Coordenação (CO), Mostra Internacional de Teatro (MIT), I FIT, II FIT, III FIT, IV FIT e “A Circulação do Produto Cultural no Mercosul (CPCM), edição final, de 1995.


Memórias FEL1969 – Faculdade de Engenharia de Limeira é parte da Unicamp

Em 1969, a Faculdade de Engenharia de Limeira (FEL) foi incorporada à Unicamp. A missão de constituir a FEL foi conferida por Zeferino Vaz ao professor Pedro Moraes Siqueira, nomeado diretor da unidade em 1967, dois anos antes da sua efetiva criação.

Em agosto de 1968, uma cerimônia marcou a assinatura da doação de uma área de cinquenta mil metros quadrados pela família Ometto à Unicamp. Enquanto os edifícios eram construídos, os alunos utilizavam o Ginásio Estadual Industrial Trajano Camargo, em Limeira, para aulas específicas e também cursavam, nos Institutos do campus de Campinas, as disciplinas básicas. O curso mudou para esta cidade, apenas em 1989. A FEL passou, então, a ser denominada Faculdade de Engenharia Civil (FEC). Em 2003, passou a se chamar Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, com sigla mantida. As dependências de Limeira, após a transferência do curso de engenharia, seguiram com os cursos de tecnologia (foi criado o CESET - Centro Superior de Educação Tecnológica, atualmente Faculdade de Tecnologia - FT) e o Colégio Técnico de Limeira (COTIL). Nesta foto estão os primeiros alunos de Engenharia Civil durante uma conferência, em 1969. A imagem está no Acervo Histórico e Documental/Fundo Fel do AC/SIARQ.


doação acervo ZV1981 - Doação do acervo de Zeferino Vaz à Unicamp

A data de 30 de junho marcou a intenção da doação do acervo do professor ZeferinoVaz à universidade. O processo, oficialmente registrado, teve início poucos dias depois, em 3 de julho de 1981. Foram anos de trabalho, unindo documentos que estavam no Gabinete do Reitor, na Secretaria Geral, da própria família do professor. O Fundo Zeferino Vaz, que une informações pessoais e profissionais, é imprescindível para os estudos sobre a implantação da universidade. Uma das imagens está nesta publicação. Trata-se da primeira reunião do então chamado "Conselho Diretor da Unicamp", ainda nas dependências da Maternidade de Campinas, em 21 de fevereiro de 1967. Na foto, da esquerda para a direita, vemos Paulo Gomes Romeo, Coordenador Geral da Universidade, Rubens Murillo Marques, diretor do Instituto de Matemática (IM), Arlinda Rocha Camargo, Secretária Geral, e o próprio Zeferino Vaz, Reitor e fundador da Unicamp.

 

 

 


Dança arteDécada de 1990 - Dança de Salão na Faculdade de Educação Física

As aulas de dança de salão já ocuparam vários espaços do campus em períodos de intervalo de aulas e de expediente. Recordamos neste post momentos de união e descontração entre funcionários, professores e alunos. A notícia do periódico “Unicamp Notícias”, de fevereiro de 1995, relatava um pouco do ambiente e dos ritmos trabalhados na Faculdade de Educação Física (FEF), duas vezes por semana nos horários de almoço. Carla Lazazzera, formada em Dança pela Unicamp, e Paulo Henrique Campos, então aluno de educação física, formavam o casal que conduzia as aulas desde 1993. A vivência, sempre com bastante procura entre a comunidade universitária, se dividia em dois grupos, com conhecimentos básicos e intermediários dos passos de bolero, samba, entre outros ritmos. Seja por terapia ou pelo aprendizado das técnicas da dança, os participantes enchiam uma das salas da FEF com momentos de integração garantidos.

 

 

 


memórias cursosnoturnosDécada de 1970 - Cursos Noturnos na Unicamp

Os primeiros cursos noturnos criados na Unicamp foram implementados nas faculdades e colégios técnicos de Limeira já nos anos 1970, para posteriormente serem ampliados para Campinas. Isso favorecia os estudantes que precisavam exercer alguma atividade remunerada durante o dia. Os primeiros foram os cursos superiores em Tecnologia, como Saneamento e Edifícios (de 1974) e Obras de Solo (1976) no campus de Limeira (então chamado Ceset – Centro Superior de Educação Tecnológica da Unicamp). Ainda nos anos 70, entidades como o Centro Estudantil Campos Salles, do Colégio Técnico de Campinas, reivindicavam aulas noturnas no curso de Engenharia. O movimento tinha apoio de indústrias e divulgação na imprensa da região. 

No entanto, foi somente a partir do fim da década de 1980 que os cursos noturnos começaram a ser efetivados no campus de Barão Geraldo: o primeiro foi o de licenciatura em Matemática, em 1988. Especialmente os cursos que vieram depois representaram uma resposta à reivindicação de setores populares pelo ingresso em uma instituição de ensino superior pública e gratuita. Tanto os estudantes do ensino médio como alguns professores universitários requeriam que a Universidade pública funcionasse em período noturno, pois grande parte dos secundaristas estudavam à noite e não poderiam prosseguir no ensino superior durante o dia. A luta também era uma das principais bandeiras do Movimento Estudantil de Campinas desde o início dos anos de 1980. Diversas entidades da Unicamp se organizaram e chegaram a integrar o “Fórum Pró-Cursos Noturnos” em 1989. A organização desse movimento, entretanto, só tomou força após a promulgação da Constituição do Estado de São Paulo, no mesmo ano, a qual assegurava a obrigatoriedade de cursos noturnos em todas as universidades estaduais em, pelo menos, um terço das vagas oferecidas. Com a expansão da mobilização e das discussões no Conselho Universitário, novos cursos ocuparam o período da noite a partir de 1991, como por exemplo, Pedagogia, Física e Ciências Sociais.


arte coral1971 – Coral Unicamp

Este é o Coral Unicamp em seu primeiro concerto, em 1971. O grupo foi iniciativa do Departamento de Música da Universidade que, nessa época, ainda estava em fase de estruturação e mais tarde se tornaria o Instituto de Artes da Unicamp. Cerca de 92 coralistas, sendo alunos, funcionários e professores interpretavam diversas obras de canto-coral de vários estilos e países.

O Coral Unicamp começou oficialmente suas atividades em abril de 1971. Tinha, além do objetivo artístico, a integração entre a Universidade e a sociedade por meio de diversas apresentações. Regido por Benito Juarez, o grupo abriu a série de concertos em novembro do mesmo ano, na Catedral Metropolitana de Campinas.

 

 

 


1987 – Projeto “Básico 12h30”

O projeto “Básico 12h30”, promovido no fim da década de 1980 pelo SAE (Serviço de Apoio do Estudante) e Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (hoje, Proec – Pró-reitoria de Extensão e Cultura), agitava o campus na época. Às quintas-feiras, no horário do almoço – conforme o próprio nome do projeto já sugere – centenas de estudantes, funcionários e professores se concentravam no pátio do Ciclo Básico para acompanhar apresentações de todos os gêneros musicais, teatro e dança. A proposta era criar um espaço de lazer e integração dentro do campus. Em muitas atrações, pessoas externas à Unicamp também participaram. 

Passaram pelo “Básico 12h30”, por exemplo, Trio Virgulino, Grupo Mexicano “Ala Vuesta”, Grupo Mexicano “Baul de Luna”, Sonido Quatro & Elena Buarque, “Goiás, Goianinho e Douradinho”, Banda de Pífanos de Caruaru, entre outros. 

Atualmente, as ações culturais no campus ainda acontecem, em outros formatos e espaços. O Prédio do Básico (PB) é um dos locais onde alunos artistas se apresentam.

 


arte primeiroprédio1968 – Primeiro edifício do campus 

Em 1968, o campus Unicamp em Barão Geraldo, hoje denominado “Cidade Universitária Zeferino Vaz”, era bem diferente. As obras estavam a todo vapor, mas havia ainda muito espaço para expansão física e de atividades acadêmicas.  Os primeiros prédios começavam a ser construídos. Na foto, vê-se o primeiro edifício: era o Instituto de Biologia. Atualmente, é sede da DGA (Diretoria Geral de Administração), em frente à Reitoria.

 

 

 

 

 

 


Aluno Artista2010 - Programa Aluno Artista

A  primeira edição do programa Aluno Artista aconteceu em 2010. A iniciativa estimula a produção artística e cultural e apresentações ao público de todos os campi da Unicamp. A proposta partiu da Comissão de Ação Cultural da Reitoria.

O programa, coordenado pelo SAE (Serviço de Apoio ao Estudante) em parceria com a PRG (pró-reitoria de Graduação), possibilita aos alunos que tenham alguma habilidade artística divulgar seu trabalho no campus. Estudantes de todas as unidades podem participar, independentemente de sua área de formação. Selecionados recebem bolsa e recurso técnico para o projeto, que pode se encaixar em seis modalidades: Artes Cênicas, Artes Corporais, Artes Visuais e Multimeios, Música, Artes Integradas e Literatura. Em contrapartida, se comprometem a dedicar 30 horas mensais ao trabalho em períodos fora do horário de aulas. A iniciativa integra as ações de apoio à permanência estudantil na universidade e o incentivo à cultura no campus. 

Em função da qualidade e da criatividade das propostas, o número inicial foi ampliado de seis para quinze projetos e quarenta bolsas aluno-artista. Ao longo do ano e em diversos espaços de convívio dos campi, os alunos apresentam seus projetos à comunidade universitária e, por meio de festivais, ao público externo. Só na primeira edição foram cerca de 80 apresentações em Campinas, Limeira e Piracicaba.


Primeiro Consu1987 – Primeira reunião do Conselho Universitário

A sessão de instalação do Conselho Universitário (Consu) foi realizada em 31 de março de 1987. Com duas décadas de existência, a Unicamp dava o passo definitivo em seu processo de institucionalização. 

Na imagem, vemos o então reitor Paulo Renato Costa Souza (gestão 1986-1990) na condução da reunião do Consu, órgão máximo deliberativo da Universidade, em substituição ao Conselho Diretor. O Conselho foi formado com 62 membros e passou a incluir representantes de funcionários, da sociedade científica nacional, estadual, associação patronal e de trabalhadores. 

Entre as atribuições do órgão, estão a aprovação e criação ou extinção dos cursos de graduação e pós-graduação e os planos de expansão e desenvolvimento relativos ao ensino e à pesquisa na Unicamp. Toda a política orçamentária e administrativa da Universidade também é deliberada nas reuniões ao longo do ano.

 

 


1973 - Criação do Cepre

O documento que está na primeira imagem trata da criação do Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação “Prof. Dr. Gabriel O. S. Porto (Cepre), concretizada em 1973. No texto, o reitor Zeferino Vaz manifesta admiração e apoio às atividades do espaço recém-criado. O Centro, cujo nome homenageou o professor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), foi inaugurado em 19 de maio daquele ano, com atendimentos em deficiência visual e surdez.

Desde o início, o Cepre vem atuando no diagnóstico, habilitação, reabilitação, triagens, exames audiológicos, seleção e adaptação de prótese auditiva. Ao longo dos anos e com o deslocamento do centro para o campus de Barão Geraldo no início da década de 1990, as ações foram ampliadas para ensino e pesquisa, a partir de uma equipe multiprofissional. A população atendida, de diversas faixas etárias, inclui a comunidade Unicamp como, por exemplo, alunos surdos e pessoas de toda a Região Metropolitana de Campinas (RMC). Conta com o trabalho de professores do Departamento de Desenvolvimento Humano e Reabilitação, das áreas de Arte educação, Fonoaudiologia, Linguística, Pedagogia, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional.  

Em 1998, uma comissão foi montada para estudar a viabilidade da implantação de um curso de Fonoaudiologia na Universidade, cuja aprovação aconteceu em 2001 pelo Conselho Universitário da Unicamp (Consu). O curso é oferecido em parceria com o Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp.

 


1982 - Criação do Centro de Convivência Infantil

A “creche” da Unicamp foi fundada em 1982. O nome oficial de criação foi Centro de Convivência Infantil (CCI e, algum tempo depois, CECI), conforme a Portaria GR 268/1983, publicada pouco mais de um ano depois do ato de inauguração do espaço ainda alugado temporariamente. Inicialmente, cerca de 30 crianças com até nove meses de idade e em fase de amamentação foram beneficiadas. Filhos de funcionários permaneciam no local durante toda a jornada de trabalho dos pais. Mães podiam amamentar seus bebês até duas vezes ao dia. A conquista foi fruto de reivindicação dos funcionários da Universidade desde 1975, ano em que a então Comissão de Assistência Social encaminhou à Reitoria a primeira proposta de criação de uma creche (Proc. 3383/1975). 

Em 1982, três meses após assumir como reitor, José Aristodemo Pinotti inaugurou a CCI, ainda em um prédio provisório, já que o edifício situado dentro do campus estava em construção. A fundação do Centro também estava em conformidade com a Emenda Constitucional º 31, que estabelecia que repartições públicas deveriam dar assistência aos filhos de funcionários, durante o horário de expediente. No processo de instituição, houve estudos de modelos da região, questionários aplicados entre funcionárias da Unicamp, levantamento socioeconômico, seleção de materiais e treinamentos de equipe. Em junho do ano seguinte, o prédio próprio do CCI, na Cidade Universitária, passou a funcionar.

Ao longo dos anos, o Centro passou por diversos períodos de expansão de atendimentos, projetos pedagógicos, ampliação de espaços físicos e reestruturações administrativas. Hoje, o CECI integra a Divisão de Educação Infantil e Complementar (DEdIC), vinculada à Diretoria Executiva de Ensino Pré-Universitário (DEPPU). Trata-se de um espaço socioeducativo para filhos de funcionários da Universidade e estudantes de graduação e pós-graduação.

Nota: A primeira imagem é a notícia publicada no jornal Correio Popular, em 29 de julho de 1982, dois dias após a cerimônia da inauguração da creche. O documento já apresentava grifos no ato de recolhimento pelo AC/SIARQ.

 


Décadas de 1950, 1960 e 1970 - Antigos laboratórios de ensino e pesquisa

Nesta publicação é possível revisitar alguns laboratórios de unidades de ensino e pesquisa nas primeiras décadas da Universidade. Em 1958, antes mesmo da fundação da Unicamp, a “Faculdade de Farmácia e Odontologia de Piracicaba” – atual Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) – já estava em funcionamento. Era ano de inauguração, por exemplo, do Laboratório de Dentística. Em 1967, a Unicamp incorporou a unidade. No álbum também está uma imagem do Laboratório de Histologia da então Faculdade de Medicina de Campinas (atual Faculdade de Ciências Médicas), em 1964, ainda em instalações provisórias. Na década de 1970, na Cidade Universitária Zeferino Vaz, campus da Unicamp em Campinas, diversos laboratórios já estavam em operação. São alguns deles: Laboratório de Bioquímica do Instituto de Biologia (1973); Laboratório de Sistemas Digitais, usado por alunos de engenharia elétrica da  Faculdade de Engenharia de Campinas (atual Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação) em 1977; e Laboratório de Microbiologia de Alimentos da Faculdade de Engenharia de Alimentos, em 1979.

 

 


1972 - Inauguração do Ciclo Básico

O prédio do Ciclo Básico (CB) é um dos principais símbolos da Unicamp, onde circulam diariamente milhares de pessoas. Inaugurado em julho de 1972, o espaço reflete as ideias de Zeferino Vaz em relação ao campus. O CB já fazia parte do projeto da Universidade, antes mesmo de sua fundação. A Cidade Universitária deveria ter uma grande Praça Central, cujo entorno seria ocupado por edifícios de institutos e faculdades. Ao centro, ao lado da Praça, estaria um núcleo básico disciplinar para todos os cursos de graduação, formado por duas alas circulares e interligadas por passarela e prédio curvo com dependências administrativas.

Ao longo de quase cinco décadas, o CB não se constituiu apenas como um conjunto de salas de aula. Além de ser espaço para importantes órgãos acadêmicos, o local se tornou ponto de encontro para eventos culturais, exames nacionais e assembleias da comunidade universitária.

 

 

 


Década de 1970 - Bibliotecas da Unicamp

Estas são algumas bibliotecas nos primeiros anos da Unicamp. Foi na década de 1960, antes mesmo do lançamento da pedra fundamental do campus da Cidade Universitária de Barão Geraldo, que a Universidade contratou os primeiros bibliotecários e adquiriu obras e periódicos. Os usuários eram os alunos da “Faculdade de Medicina”, que funcionava provisoriamente nas dependências da Maternidade de Campinas.

Com a fundação do campus próprio, em 1966, acervos especializados foram sendo adquiridos pelas unidades de ensino e pesquisa, que cresciam a todo vapor. Estavam constituídas suas próprias bibliotecas, como a do Instituto de Química, Instituto de Matemática e Instituto de Biologia. 

Em 1982, por meio de comissão criada pela Portaria GR 054/82 e, posteriormente, pela Portaria GR 013/83, começavam os estudos e propostas de aprimoramento dos serviços das bibliotecas da Universidade. Além da já existente Biblioteca Central (não instalada ainda no prédio atual, cuja inauguração foi em 1989), havia cerca de 13 seccionais pelo campus. O “Projeto Biblioteca”, nascente das comissões designadas, daria início ao que hoje conhecemos como Sistema de Bibliotecas da Unicamp (SBU). Foram, desde então, décadas de ampliação, modernizações e desafios para diversos profissionais que atuaram ou ainda atuam no setor dentro da Universidade.

 


1971 - Campus Avançado de Cruzeiro do Sul (CACS)

Em 1971, um convênio foi firmado entre a Unicamp, o governo do Acre, Prefeitura Municipal de Cruzeiro do Sul, Prelazia de Alto Juruá e Fundação Projeto Rondon. A parceria dava início ao Campus Avançado de Cruzeiro do Sul (CACS), ligado à reitoria da Universidade. O Grupo de Trabalho, coordenado por professores da Unicamp desenvolvia projetos em diversas áreas tais como saúde, educação, tecnologia e agropecuária.

As ações de extensão buscavam transformar a região em pólo de desenvolvimento, aplicar conhecimentos acadêmicos, promover estágios supervisionados e oferecer cursos de formação profissional, a fim de melhorar a qualidade de vida da população.  A implantação do projeto começou em julho de 1971. A sede do CACS, distante 4,5 km do centro urbano, contava com alojamentos para estagiários e diretores, salas de trabalho, biblioteca, refeitório e escritório administrativo. As equipes eram compostas por 10 a 15 estudantes. A área de saúde era a que mais despertava interesse por parte das comunidades que, em geral, viviam em situação precária. O curso de técnico em eletricidade e mecânica, campanhas de vacinação e aulas de alfabetização também são lembrados pelos moradores, de acordo com a dissertação “CACS (Campus Avançado de Cruzeiro do Sul): uma análise crítica.”, defendida por Regina Monteiro na Faculdade de Educação da Unicamp.

Com a extinção da Fundação Projeto Rondon em 1989, a Universidade Federal do Acre assumiu a responsabilidade do projeto. Entretanto, a Unicamp ainda manteve contato com Cruzeiro do Sul até 1994 por conta de questões administrativas.

 


1975 - Primórdios do Hospital de Clínicas (HC) 

Desde 1975, o Hospital de Clínicas (HC) está em operação no campus de Barão Geraldo, em Campinas-SP. A história do hospital está ligada à origem da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), que se instalou provisoriamente na Maternidade de Campinas até 1966 e, depois, na Santa Casa de Misericórdia de Campinas. Idealizado no final da década de 1960 por Zeferino Vaz, o HC saiu do papel na década seguinte após planejamento, projetos e um consórcio com diversas empresas. A pedra fundamental foi lançada em 1975. Em 1979, com a conclusão da primeira etapa de obras, foram contratados os primeiros servidores. Após uma pausa e rompimento do consórcio, as obras foram retomadas em 1982. Em outubro de 1985, nasciam oficialmente as atividades do HC, com a inauguração do primeiro leito na Enfermaria Geral de Adultos. 

A planta do hospital, com 56 mil metros quadrados, passou por adaptações por causa da demanda crescente de pacientes e diversificação de atividades de ensino, pesquisa e áreas de atendimento. Novos espaços foram agregados, como o Hospital Dia, Centro Integrado de Nefrologia e a Unidade de Urgência e Emergência Referenciada (UER). Três décadas e meia após sua fundação, é um dos maiores hospitais universitários do país e referência nacional em serviços terciários. De acordo com o Anuário Estatístico da Unicamp 2020, foram mais de 15 mil cirurgias, cerca de 400 transplantes, 536.859 consultas e 2.467.119 exames realizados em 2019. No enfrentamento da pandemia de Covid-19 o HC tem atuado em diversas frentes, sempre pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como tratamento e internação de pacientes com o novo coronavírus, testes diagnósticos, projetos de pesquisa, testes de vacina em voluntários.

 


Década de 1960 - Plano Diretor da Unicamp

O primeiro Plano Diretor da Unicamp foi elaborado pelo arquiteto João Carlos Bross, sob orientação do fundador da Universidade, Zeferino Vaz. O principal objetivo do Plano, nas palavras de Bross, foi estabelecer um traçado físico e urbanístico que “representasse o melhor relacionamento possível entre o conceito e filosofia da Universidade, seus objetivos acadêmicos e de pesquisa”. O campus teria “uma grande praça, locada como área externa de convívio, e a partir dela estariam as áreas circundantes e ruas radiais”, com faculdades e institutos das áreas de ciências exatas, biológicas e humanidades. Esses setores teriam ligações a outros espaços de vivência e ao complexo hospitalar. A relação entre a área territorial e a área ocupada pelos edifícios foi analisada, a fim de se constituir um espaço urbanístico aberto. A trama viária foi implantada contando com circulação de pedestres, veículos e áreas de estacionamento. Também foram consideradas questões como topografia do terreno, projeto hidráulico, elétrico, coleta sanitária, telecomunicações e transporte. O Plano inicial passou por diversas alterações e adaptações ao longo do desenvolvimento da Universidade.

 


Década de 1990 - Formaturas Coletivas

Em tempos de pandemia, quando cerimônias de colação de grau são feitas virtualmente, esta publicação lembra das formaturas coletivas realizadas na década de 1990, no Ginásio Multidisciplinar da Unicamp. 

As cerimônias eram feitas semestralmente e uniam diversas turmas no mesmo evento, com exceção dos alunos da Faculdade de Ciências Médicas (FCM). No espaço do Ginásio, os formandos eram distribuídos por curso e as famílias lotavam as arquibancadas. 

Na parte inferior da primeira foto, por exemplo, vemos a Orquestra Sinfônica da Unicamp, que sempre acompanhava as colações com repertório especial. Os formandos também contavam com a presença de patronos externos à Unicamp, convidados oficialmente pela Universidade. Já participaram das formaturas personalidades como Lygia Fagundes Telles, Dercy Gonçalves, Hermeto Pascoal, Amyr Klink e João Ubaldo Ribeiro.

 


logotipo fotoDécada de 1970 - Logotipo da Unicamp

Idealizado pelo professor Zeferino Vaz e criado pelo artista plástico Max Schiefer e pelo arquiteto João Carlos Bross, na década de 1970, o logotipo da Unicamp foi desenhado a partir do Plano Diretor da Unicamp. 

A bola branca, dentro das 13 listras que representam a bandeira paulista, é o símbolo da unidade, ponto de encontro de pessoal e do conhecimento, simbolizado pelas três circunferências vermelhas: Ciências, Exatas e Humanidades. Em conjunto, as três áreas irradiam-se para a coletividade e cumprem as funções da Universidade: Ensino, Pesquisa e Extensão.

 

 

 

 


1967 - Primeiro computador eletrônico

Em setembro de 1967, a Unicamp recebeu seu primeiro computador: um IBM 1130. Era o começo da computação na Universidade. No mês seguinte, o Conselho Diretor autorizou a realização do primeiro curso de extensão sobre programação e processamento de dados. O computador entrou em operação em novembro para fins acadêmicos. 

Imediatamente, foi proposta por Zeferino Vaz a criação de um curso de graduação em Ciência da Computação, novidade que despertou não só a atenção da comunidade da Unicamp, mas também da imprensa. De fato, o curso foi instalado em 1969. No primeiro vestibular, foi o segundo mais disputado, ficando atrás apenas de Ciências Médicas, historicamente imbatível na concorrência.

O IBM 1130, quando chegou ao campus, despertou interesse de docentes de várias áreas. Chegou a ser utilizado pela então ‘Faculdade de Engenharia de Campinas”, mas voltou, alguns anos depois, para o bacharelado em Computação. O curso foi pioneiro no país.

Veja mais nesta reportagem do jornal Folha de S.Paulo, de 28 de setembro de 1967.

 


foto R21976 - R2, o “Bandejão” da Unicamp

O segundo restaurante da Unicamp, o R2 (conhecido por RU, “Bandejão”, “Bandeco”) foi  inaugurado em 1976. Surgiu para atender uma demanda crescente da comunidade da Unicamp. Começou com o almoço e, na década de 1990, passou a servir também o jantar e, mais recentemente, o café da manhã. Hoje, junto com os demais restaurantes da Unicamp, são oferecidas quase 15 mil refeições diárias.

O processo administrativo de criação do R2 é de 1972, com base no Plano Diretor da Unicamp. O refeitório seria parte de um grande Centro de Convivência, exatamente nas imediações de onde foi, de fato, construído. O espaço, que abrangeria também um Centro Administrativo e Centro de Informática, teria um amplo setor esportivo, clube para professores e ex-alunos, anfiteatro, museu, pinacoteca e sala de exposições.

Esta foto é de 1989, horário de almoço no RU.

 

 


1986 - Mudanças no Vestibular Unicamp

Quem prestou o Vestibular 1987 na Unicamp certamente se lembra das inovações da prova a partir do primeiro exame de seleção realizado pela própria Universidade, após ser desmembrado da Fuvest. O fim das questões de múltipla escolha e de memorização de fórmulas e o maior estímulo ao raciocínio, reflexão e expressão marcavam uma nova fase do exame, diferente dos demais modelos existentes até aquele momento. Questões discursivas e redação na primeira fase despertavam expectativa e curiosidade por parte dos treze mil candidatos. As provas, divididas em duas etapas, foram aplicadas em dezembro de 1986 e janeiro do ano seguinte.

A nova maneira de pensar o vestibular foi fruto de anos de estudo por parte dos organizadores do processo de seleção até sua implantação, conduzida pela “Comissão Permanente para os Vestibulares”. Aqui estão duas reportagens do “Jornal da Unicamp”, que fazem parte do acervo histórico e documental do AC/SIARQ. A edição de novembro de 1986 aborda as expectativas e o preparo da Universidade para a aplicação das provas. Os resultados após um ano são abordados na edição de dezembro de 1987 e mostram que o exame da Unicamp serviu de exemplo para várias instituições de ensino superior e colégios técnicos do país.

 


foto estradacampus1969 - Estradas de acesso ao campus

Imagem da construção da via de acesso ao campus da Cidade Universitária, tirada em 10 de abril de 1969. Terra, canavial e algumas máquinas na pista. As obras estavam a todo vapor, tanto no acesso à Universidade (ainda não asfaltado) como no próprio campus, que já contava com diversos cursos em andamento. Em 1969, foi instituída a Comissão de Planejamento de Obras da Cidade Universitária de Campinas (Coplan). 

 

 

 

 

 

 


Cotil foto1960 - Origem e primeiro edifício do Cotil

O Colégio Técnico de Limeira (Cotil) foi criado pela Lei Estadual 7.655/1962 e obteve autorização de funcionamento por meio de Resolução 46/1966 e Deliberação 12/1970, ambas do Conselho Estadual de Educação. Em 24 de abril de 1967 o Cotil foi instalado, quando recebeu o nome “Colégio Técnico e Industrial de Limeira”. Suas instalações provisórias foram no Ginásio Estadual Industrial Trajano Camargo. Os alunos tiveram aulas nesse local até setembro de 1963, quando o atual prédio do Cotil foi inaugurado.

 

 

 


Foto Vestibular1963 - Primeiro Vestibular de Medicina

O primeiro Vestibular da Unicamp foi em abril de 1963 para o curso de Medicina. As instalações administrativas e aulas seriam no prédio da Maternidade de Campinas. Foram 1580 candidatos inscritos para 50 vagas. As aulas começaram em 20 de maio, em meio a uma mobilização política para pedido de mais vagas para o processo seletivo futuro. 

 

 

 

 


 


foto R1Década de 1970  - R1, o primeiro restaurante universitário

Este é o primeiro restaurante da Unicamp, o “Restaurante Universitário I” ou também conhecido na época como “Restaurante Administrativo”. Foi construído em 1969. O refeitório, com capacidade para 1500 refeições diárias, ficava em um dos prédios ao lado da Reitoria, na Praça das Bandeiras. A foto registra o momento de integração de alunos, professores e funcionários durante o almoço. Em 1999, esse espaço fechou. Com o aumento da demanda, o campus seguiu com o RU (“Bandejão” ao lado da Biblioteca Central), RA (criado em 2000, na Rua Bernardo Sayão) e o RS (Restaurante da Saturnino), inaugurado em 2012, e o Restaurante do Hospital de Clínicas.

 

 

 

 


Foto Motorista1967 - Primeiros veículos e primeira motorista

Os primeiros veículos oficiais da Unicamp chegaram em 1967. Esse é um Rural Willys, o primeiro carro da Universidade. Ao lado, está Leônidas Miguel Alves, motorista da Reitoria, em umas das viagens ao campus de Barão Geraldo.

 

 

 

 

  

 


1963 - Aula inaugural da Faculdade de Medicina

Em 20 de maio de 1963, acontecia a aula inaugural da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, antes denominada “Faculdade de Medicina”. A apresentação, realizada nas dependências do Teatro Municipal "Carlos Gomes", foi feita pelo então reitor da Universidade de São Paulo (USP), Antônio Barros de Ulhôa Cintra. As aulas de medicina começaram provisoriamente em instalações cedidas pela Maternidade de Campinas. Além da fotografia da aula, vê-se, na segunda imagem, a ata escrita à mão.

 

 

 

 

 


Arte CalouradaDCE1985 - Jornal do DCE saúda calouros

O jornal do Diretório Central dos Estudantes (DCE) saudava, em janeiro de 1985, os novos alunos da Unicamp. Esta é a capa da publicação, com o texto de boas-vindas. Na leitura, é possível conhecer parte do contexto da Universidade naquela época. Muitas atividades culturais estavam previstas para recepcionar os ingressantes, durante a Calourada, cuja programação estava distribuída nas primeiras quatro semanas do ano letivo.

 

 

 

 

 


  


Imagem tesededoutorado1967 - Primeira defesa de doutorado de uma mulher na Unicamp

27 de junho de 1967. A médica Vilma Clóris de Carvalho é a primeira mulher a defender tese de doutorado na Unicamp. O título foi "Aspectos da Morfologia e Arquitetura do Músculo Plantar". Foi professora na Unicamp por 32 anos e participou da criação do Departamento de Anatomia, no Instituto de Biologia (IB). 

 

 

 

 

 


Arte FotoCB vidaestudantilDécada de 1970 - Um dia letivo no Ciclo Básico

Esta imagem da década de 1970 registra o cotidiano da Universidade nas proximidades do Ciclo Básico, região central da Cidade Universitária Zeferino Vaz, campus da Unicamp em Barão Geraldo. Grande circulação de pessoas, carros e ônibus sinalizavam o início ou o fim de mais um dia letivo.