2024 é o ano do centenário de um dos físicos brasileiros mais reconhecidos pela comunidade científica internacional: Cesar Lattes. O AC/SIARQ prepara para este ano algumas ações relacionadas à comemoração do nascimento do cientista. Entre elas, está uma série de publicações com curiosidades e difusão de documentos que integram o Fundo Cesar Lattes de nosso acervo histórico.
Ao lado de renomados cientistas, como Muirhead Occhialini, Cecil Powell e Eugene Gardner, foi pioneiro nos estudos de raios cósmicos. Em 1948, um ano após ele descobrir o méson pi na natureza, Lattes ganhava repercussão mundial ao detectar essa partícula por meio de um potente acelerador, o cíclotron, a partir de estudos realizados na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Tal descoberta seria um marco para o progresso no conhecimento sobre a constituição nuclear do átomo, das forças nucleares e da física de partículas elementares.
Em março daquele ano, tanto a comunidade científica como a imprensa manifestavam profundo interesse no feito do jovem pesquisador brasileiro, afinal se tratavam de raios cósmicos descobertos até então apenas na natureza. A divulgação dos resultados correu o mundo. Um dos veículos brasileiros de comunicação que mais repercutiram a descoberta foi o jornal O Estado de São Paulo. Hoje divulgamos uma das reportagens, publicada há exatos 76 anos.
O Fundo Cesar Lattes do acervo do AC/SIARQ é composto por documentos textuais, iconográficos, audiovisuais e sonoros, a exemplo de correspondências, artigos científicos, anotações de pesquisa em mapas e cadernos de campo, fotografias pessoais e de trabalho, chapas e filmes de emulsão nuclear, obtidos a partir da detecção dos raios cósmicos.
