Profissional do AC/SIARQ é uma das autoras do livro “Povos originários do Brasil: sentidos da crise humanitária dos Yanomami”

O Dia dos Povos Indígenas na Unicamp marcou o lançamento da obra "Povos originários do Brasil: sentidos da crise humanitária dos Yanomami", por professores e estudantes da disciplina “Linguagem, Jornalismo, Ciência e Tecnologia” do Programa de Pós-Graduação em Divulgação Científica e Cultural do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor/Unicamp). Viabilizado pela Editora Pontes, o livro foi organizado pelos jornalistas e professores Graça Caldas, Fabiano Ormaneze e Margarethe Steinberger-Elias. O evento, realizado na Casa do Lago da Unicamp, contou com roda de conversa entre professores, autores e estudantes indígenas. Além do processo de elaboração do livro, foram abordadas questões sobre cultura e representação dos povos originários, especialmente os Yanomami. “Propusemos aos alunos o desafio de construir coletivamente pautas e pesquisas ligadas à identidade e ao cenário enfrentado por esses indígenas. O resultado foi essa obra, com a visão de jornalistas e cientistas de várias áreas do conhecimento”, explica Graça Caldas.

Tecnologia, uma flecha forte para conquistas e preservação da cultura indígena

Um dos capítulos, intitulado “CONECTANDO COMUNIDADES: Redes sociais e mídias digitais como ferramentas para a mobilização indígena", foi escrito por Andressa Piconi, diretora de Tecnologia da Informação do AC/SIARQ. O capítulo também contou com a participação do jornalista Jhonatan Dias Gonzaga, que abordou o uso das fotografias pelas etnias, como forma de registrar suas histórias, memórias e de instrumento de empoderamento social. 

A reflexão presente no artigo foi pautada pelo uso do digital, inclusive a inteligência artificial (IA), nas ações de comunicação dos povos indígenas, sem deixar de lado a autonomia e o protagonismo do indivíduo na produção de conteúdos e nos processos de mobilização das comunidades. “A voz das etnias ecoa para além das aldeias, o que contribui com a preservação da cultura e saberes ancestrais, além da conexão social. No entanto, é necessário considerar desafios como a proteção da privacidade, o cuidado com reforço de estereótipos e com possível imposição de modelos ocidentais de desenvolvimento tecnológico”, alerta Andressa.

 

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