Acervo da Pesquisa: "Nos camarins da Semana de 22"

A fim de destacar os setenta anos da Semana de Arte Moderna, o Jornal da Unicamp divulgava, em 1992, a pesquisa desenvolvida no doutorado de Carlos Eduardo Berriel. Naquele momento, Berriel, vinculado ao Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), buscava entender as origens do movimento modernista. O estudo apresenta o historiador, ensaísta e aristocrata Paulo Prado como idealizador e articulador intelectual do movimento realizado em fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo. A partir de sua influência entre setores tradicionais do estado de SP, conseguiu atuar como agente de ligação e apoio aos jovens modernistas, como Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Villa Lobos. Berriel, ao longo da pesquisa, se aprofundou na vida e obra de Paulo Prado, especialmente a partir da transição do regime político do Brasil, de monarquia à república. Prado, no século XIX, já indicava a importância de rupturas com tradições europeias e transformações culturais no país. A reportagem está na edição 64 do Jornal da Unicamp e faz parte do acervo histórico do AC/SIARQ. 

Em 2000, Carlos Berriel publicou a obra “Tietê, Tejo, Sena: a obra de Paulo Prado”, ampliada treze anos depois pela Editora da Unicamp, em que apresenta o exportador mundial de café como grande influenciador do modernismo. O livro estimula a reflexão sobre o modernismo não apenas em sua dimensão de ruptura estética, mas também social e político, inserido em um projeto de hegemonia paulista.

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